Seapi e Emater apresentam diagnóstico da erva-mate no Rio Grande do Sul
Após quatro anos de estudos, pesquisadores da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e da Emater/RS-Ascar apresentaram, nesta quinta-feira (1/6), de forma on-line, o Seminário “Diagnóstico da fertilidade, estado nutricional e aspectos socioeconômicos da erva-mate do Rio Grande do Sul”, que vai gerar em breve uma publicação impressa e eletrônica. Na abertura, o diretor do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Seapi (DDPA), Caio Efrom, e o coordenador do Núcleo de Desenvolvimento Agropecuário da Gerência Técnica da Emater/RS-Ascar, Gabriel dos Santos, deram as boas-vindas aos participantes. Efrom exaltou a parceria entre as instituições, que possibilitará entregar aos técnicos e produtores rurais resultados inovadores de pesquisa sobre a erva-mate. “Isso terá um impacto direto para a cultura”, salientou. Ele ainda afirmou que recentemente foi assinado um convênio com o Instituto Brasileiro da Erva-Mate (Ibramate), para que em breve possam ser usados os recursos do Fundo de Desenvolvimento e Inovação da Cadeia Produtiva de Erva-Mate (Fundomate) na cadeia produtiva.
Por sua vez, a pesquisadora, mestre em Desenvolvimento Rural e doutora em Gestão, Larissa Ambrosini, abordou “Diagnósticos da produção de erva-mate no Rio Grande do Sul – Aspectos Socioeconômicos”. Segundo ela, foi aplicado um questionário a 237 produtores com o objetivo de obter informações sobre as propriedades, como área total e área dos ervais, principais fontes de renda e a relevância da cultura da erva-mate na composição da renda das famílias. Também sobre os canais de comercialização mais acessados, e para identificar os principais entraves enfrentados para o desenvolvimento da atividade do ponto de vista dos agricultores.
“Em síntese, os resultados mostram que a área média das propriedades foi de 26 hectares, sendo a área média dos ervais 8,11 hectares. A produtividade média, de 863 arrobas por hectare, foi maior do que as médias estadual, 587 arrobas por hectare, e nacional, 509 arrobas por hectare”, destacou Larissa.
O estudo apontou ainda que a erva-mate é a principal fonte de renda de pouco mais de metade dos produtores, 51%, seguida do cultivo de grãos. A indústria é o principal canal de comercialização para o produto. A participação da cultura na renda da propriedade é 54%, em média. A tendência dos rendimentos para a maioria foi de crescimento nos últimos cinco anos. Ele contou que também foram avaliadas as diferenças entre a fertilidade do solo entre ervais cultivados em solos originados por diferentes materiais de origem (basaltos e dacitos), solos conhecidos pelos produtores como “terra branca e terra vermelha”. “No caso da questão nutricional, o trabalho permitiu que fosse elaborada a faixa de suficiência nutricional foliar para a erva-mate. A importância disso é que até então não era possível a realização de diagnose foliar para a cultura, sendo que, a partir de agora, isso poderá ser feito”, garantiu o pesquisador. “E com os dados das análises foliares dos produtores e a aplicação da faixa de suficiência foi possível observar quais nutrientes podem estar limitando ou não o desenvolvimento das plantas”.
Fonte: Darlene Silveira/ Seapi e Ascom/ Emater-RS-Ascar
Crédito: Fernando Dias / Seapi
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