Enfermeiras relatam mudanças no seu trabalho com o coronavírus

Nesse Dia do Trabalhador, o Correio do Pampa homenageia todos os profissionais pela passagem do seu dia, especialmente os que atuam na área da saúde e estão na linha de frente contra o coronavírus.
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Para saber melhor como está sendo esse trabalho na área da enfermagem, a reportagem conversou com duas enfermeiras atuantes na Santa Casa de Misericórdia.

Segundo Iana Cristina Haas Garcia, 33 anos, ocorreram muitas mudanças de comportamento com a chegada do coronavírus, com as pessoas precisando se adequar a uma nova rotina. “No dia a dia mudamos nosso modo de pensar e de agir. Se pode observar a preocupação diária em relação a normas, protocolos e rotinas. Temos hora para ir trabalhar. Não temos hora específica para retornar ao nosso lar”, contou. Enfermeira há doze anos, Iana conta que as condições de trabalho sempre foram a maior dificuldade da categoria. “Mas considero que de modo geral o Município conseguiu se organizar de maneira bastante satisfatória. Temos muitos profissionais capacitados e de grande competência. Tenho orgulho de trabalhar com colegas dedicados e que fazem jus a sua profissão”, frisou.

Perguntada sobre qual pedido faria à população nesse momento, Iana destacou que pediria que repensem seus modos de agir em relação a este vírus. “Ele é para ser tratado de maneira séria e cuidadosa! Quem pode deve permanecer em casa cuidando da sua família. Como não posso ficar com a minha, quem pode fica com a sua. Assim ajuda a sua família e a minha”, finalizou.

Carolina Aguirre Xavier, 31 anos, é enfermeira recém-formada, atuando na profissão há 7 meses. Segundo ela, a principal mudança após a pandemia do coronavírus foi a maior exigência e monitoramento nos cuidados que as profissionais já tinham, relacionados à higienização e ao uso dos equipamentos de proteção individual.

Carolina Aguirre XavierPara ela, o coronavírus é o maior desafio da sua profissão. Iana Cristina Haas Garcia é enfermeira há 12 anos “Faz pouco tempo que atuo na área e além de lidar diariamente com o covid-19, temos as demais enfermidades que não deixaram de existir no ambiente hospitalar”, ponderou.

Sobre as condições de trabalho dos enfermeiros, Carolina opina que, em geral, não são satisfatórias, mas o Coren (Conselho Regional de Enfermagem) está na luta por uma carga horária e um piso salarial digno dos profissionais da saúde. “Mas graças a Deus e às pessoas que fazem doações estamos conseguindo sobreviver a essa pandemia, com a ajuda do CCIH do hospital que nos orienta quase que diariamente sobre as alterações das medidas a serem tomadas de acordo com o Ministério da Saúde, além dos treinamentos e Equipamentos de Proteção Individual que recebemos”, frisou.

Questionada sobre qual pedido faria à população, ela afirma: “Que tomem todas as medidas de proteção, as pessoas de grupo de risco que fiquem em casa se possível, sei que às vezes necessitamos sair, espairecer, mas que evitem aglomerações, façam muita higienização e lavagem de mãos”, concluiu.

Iana Cristina Haas Garcia

Iana Cristina Haas Garcia

 

 

 

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