Com R$5,5 milhões em investimentos e contas equilibradas, Dom Pedrito é destaque entre Municípios da região
A atual gestão do Município de Dom Pedrito, que tem a frente o prefeito Mario Augusto de Freire Gonçalves, vem se destacando positivamente no cenário político e econômico do Estado.
Projetos de infraestrutura, estacionamento rotativo e um excelente diálogo com a Câmara de Vereadores e com a população pedritense são algumas das marcas da administração do Município que, este ano, completa 150 anos de história.
O prefeito Mario Augusto concedeu entrevista à reportagem do Correio do Pampa, e contou sobre os investimentos, as ações e a programação do aniversário da cidade.
CPAMPA: Dom Pedrito recentemente foi indicada como uma das melhores cidades, em indicadores fiscais. Como conseguiu alcançar este índice no Município?
Mario Augusto: “Nós alcançamos esse índice depois de muito trabalho. No início da nossa gestão, em 2017, assumimos uma cidade que tinha dívidas, uma cidade que era considerada, pelos próprios índices do Tribunal de Contas do RS, como a que menos investia em todo o Rio Grande do Sul. Hoje somos a 9ª cidade do Estado como a melhor em indicadores fiscais. Isso se fez com um trabalho muito sério e responsável, compartilhei com Dom Pedrito que não se fazia uma mudança da noite para o dia, mas sabíamos que existia um caminho. Chamamos a sociedade para dentro do nosso governo e hoje, esse índice comprova que temos investido bem o recurso público que é arrecadado, que sai do bolso do cidadão. Hoje temos uma boa arrecadação, e melhor do que isso, bons investimentos, investimos em educação, saúde e infraestrutura do jeito que a cidade merece. Temos muito trabalho pela frente, não tenho dúvida, e esse índice, nos colocando em 27º no Brasil e 9º no Rio Grande do Sul em capacidade de arrecadação e entre os melhores indicadores fiscais, nos dá a certeza de que encontramos um caminho, mas ainda tem muito trabalho pela frente e não vamos esmorecer diante das dificuldades”.
CPAMPA: Sua gestão está conseguindo melhorar a infraestrutura das vias da cidade, acabando com problemas históricos, principalmente em alguns bairros. Qual o cronograma estabelecido para este trabalho, como foi o planejamento das ações?
Mario Augusto: “Em 2016 quando concorri a prefeito e fui eleito, apresentei para Dom Pedrito um programa de pavimentação progressiva, que era um programa com cronograma continuado, em que tentaríamos ligar os bairros ao centro da cidade, sempre em um formato de espiral, pavimentando obviamente, em um primeiro momento as ruas principais. Quando assumimos a gestão, tínhamos um indicador muito ruim, com somente 30% das ruas pavimentadas, com pedra irregular na maior parte. Daqui há dois anos, quando acabarmos esta gestão, cumprindo com todo o cronograma que estamos executando, teremos chegado a 60% das ruas pavimentadas e teremos feitos as maiores obras da história do Município. Já fizemos a primeira rua de Dom Pedrito, asfaltada de ponta a ponta, que é a Avenida 21 de Abril, principal via de entrada da cidade, que liga o trevo de acesso à cidade até a Unipampa. Agora teremos mais R$5,5 milhões de investimentos, sendo R$1 milhão de emendas parlamentares e R$4,5 milhões de recursos próprios, justamente porque equilibramos as contas e sabemos onde Dom Pedrito precisa de investimentos, fazendo isso com muita tranquilidade e aprovação da sociedade. Além disso, estamos trabalhando também na zona rural, com obras históricas de recuperação e cascalhamento, tendo, nos próximos meses, um inventário de todas as pontes e pontilhões existentes na zona rural, para que saibamos a capacidade que cada ponte suporta e quais precisam ser reformadas primeiro. No dia a dia já fazemos um roteiro deste trabalho, mas quero ter um laudo técnico, até para indicar para os caminhoneiros e população a capacidade de cada ponte, compartilhando com os produtores que fazem esta gestão conosco, através do Fundo Estradas, o formato da escolha das pontes e estradas que terão melhorias primeiro”.
CPAMPA: Dom Pedrito adotou o sistema de estacionamento rotativo em alguns locais da cidade, com espaços gratuitos. Isso melhora a mobilidade. Com o tempo, haverá implantação do sistema tarifado? Como foi o processo de adequação ao sistema?
Mario Augusto: “Temos uma relação muito boa com a Câmara de Vereadores, pois dos 13 parlamentares, 11 são da nossa base, e com os dois da oposição dialogamos com muita frequência. Digo isso porque esta é uma pauta que a Câmara tem trabalhado muito, inclusive nossa líder de governo, vereadora Rosimeri Martins estará acompanhada de outros vereadores e do diretor do trânsito do Município, o Antônio Barreto, visitando o Município de Pelotas nos próximos dias, porque nós estamos buscando uma alternativa baseada em exemplos que já dão certo em outras cidades. Já visitamos cidades de pequeno e médio porte e agora vamos visitar Pelotas para tentar trazer o modelo do estacionamento rotativo, que é feito fora daqui, obviamente tarifado. Hoje estamos em um momento de avaliação, com o rotativo que começou a ser implantado ano passado e já tem avaliação do comércio, porque nas avenidas principais, onde temos maior fluxo de clientes, já existe um limite para que os carros fiquem estacionados. Isso impede que o trabalhador, o empresário ou o morador, enfim, estacione o carro em um espaço destinado para os clientes chegar e sair. Isso está sendo implantado aos poucos, com muita cautela porque estamos estudando junto com a comunidade. Nada do que é feito em Dom Pedrito vem de cima para baixo, ou colocado como um único caminho e uma única verdade, nós testamos, ouvimos as pessoas, às vezes recebemos elogios e seguimos em frente, às vezes recebemos críticas e recuamos, mas isso é necessário para se fazer gestão pública: ouvir as pessoas”.
CPAMPA: Este ano, Dom Pedrito completa 150 anos, e vem se destacando pela atuação da sua gestão. Como se sente estando à frente da cidade no ano do 150° aniversário e quais programações estão sendo organizadas?
Mário Augusto: “Tenho muito orgulho de ser o prefeito dos 150 anos de Dom Pedrito, um ano que certamente, entrará para a história de nosso Município, como entrou a data do centenário. Estamos resgatando muito do que foi feito no ano do centenário, agora nas comemorações dos 150 anos, prova disso é que a Rainha do Centenário, a senhora Elenara Souza, foi quem presidiu a comissão avaliadora da escolha da corte dos 150 anos, passando a faixa para a Rainha dos 150 anos, que é a jovem Helena Costera. Desde o início do ano, viemos cumprindo uma série de atividades culturais, montamos comissões para trabalhar, como a Comissão Geral, a Comissão de Estudos Pedagógicos, que está construindo um fórum para que Estado, Município e escolas trabalhem, até o mês de outubro, as curiosidades, economia e história de nossa cidade nos mais diferentes níveis. Temos uma Comissão de Registros Históricos, que está trabalhando em cima de publicações e resgatando situações que estão aparecendo ao longo do ano, além da Comissão de Eventos e Comissão do Desenvolvimento Sócio Econômico, porque não são somente as atividades culturais e os eventos que marcarão este ano, mas também a apresentação de projetos e programas estruturados, como o de pavimentação avançada. Em outubro também teremos a Feira do Livro e as comemorações dos 150 anos; já em novembro, será realizada uma edição especial do Ponche Verde da Canção Gaúcha e em dezembro, o nosso já tradicional Natal da Paz”.
CPAMPA: Recentemente o senhor foi empossado vice-presidente da Famurs. Neste sentido, como pretende atuar a fim de desenvolver os municípios de nossa região?
Mário Augusto: “Fico muito honrado em ser o único prefeito da Metade Sul do Estado, incluindo Fronteira-Oeste, Costa Doce, Pampa Gaúcho e Metade Sul, que tem hoje, uma cadeira de vice-presidente da Famurs. Me orgulha, mas também me dá uma grande responsabilidade, porque represento uma região que carece de investimentos, de um olhar mais sensível dos nossos líderes, seja na Assembleia Legislativa, no Congresso, no Governo do Estado e até na presidência da República. Tenho a missão de representar todos estes prefeitos e os Municípios no Conselho Deliberativo da entidade municipalista mais forte que existe em nosso país, que é a Famurs. Não tenho dúvidas que é somente com esse sentimento de união dos nossos municípios e com muito diálogo entre as prefeituras, que conquistaremos um espaço de progresso, de avanço e um espaço que reconheça o potencial turístico que tem a nossa região, o potencial que temos no agronegócio e o talento da nossa gente nas artes e na cultura, isso é o que constrói o futuro que já se insinua. Por isso, tenho a missão de unir municípios que são tão distantes pelo seu desenho geográfico, como por exemplo Dom Pedrito é um município de 5.192 km de extensão, Alegrete é o maior município do Estado, Livramento também está entre os maiores do Estado, então essa vasta extensão territorial faz com que exista um distanciamento entre as gestões e as comunidades da Fronteira, mas o sentimento e a vocação são um só. Enquanto vice-presidente da Famurs tenho a missão de reunir, dialogar e estar junto de todos os municípios da Metade Sul do Rio Grande”.
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