“Uma cidade que insiste em se odiar”

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Com o título “Sant’Ana do Livramento, uma cidade que insiste em se odiar”, o santanense Antonio Gornatti, publicou em seu face, analisando o resultado das eleições, o seguinte texto:

Uma cidade sem autoestima. E não é de hoje. Assim segue minha querida Sant’Ana do Livramento seu caminho rumo a um papel cada vez mais coadjuvante no Estado. Município gigante em área territorial, com potencialidades que dão inveja a muitos, jogado às traças, vivendo das migalhas que os representantes de outros municípios jogam perto do período eleitoral.

Com um colégio eleitoral capaz de eleger dois deputados estaduais, Sant’Ana do Livramento prefere votar em “estrangeiros” ou se abster da votação. 40% dos Santanenses não votaram ou votaram nulo e branco.  É triste ver o município que já esteve entre os oito mais ricos do Estado morrer à mingua, lentamente. Pobre Sant’Ana do Livramento”.

Não identifico, no texto acima, outro sentimento ou propósito do autor que não fosse de expressar sua indignação e tristeza pela realidade. Reverbera o que muita gente pensa, mas não diz. Ou não quer ver.  Os votos não fizeram a diferença. Aliás, ampliaram a distância que nos separa de outros municípios que investem na representatividade política. Deram continuidade a uma situação de enfraquecimento político. Seguimos ladeira abaixo. Coadjuvantes de outras histórias de sucesso. Não temos projetos, nem representatividade e vamos continuar pagando um preço muito alto pela nossa incapacidade de ter um olhar comum em relação ao futuro.

*Crescimento

A nível local o destaque foi   o crescimento do PT, não apenas tendo Lula como o mais votado como o apoio de candidatos a deputado estadual e federal.  Com isso, o partido começa a pensar nas eleições municipais. Aquiles e Dagberto são, no momento, os nomes mais cogitados.

*Avaliação

O expressivo número de abstenção, votos nulos ou brancos demonstra, mais uma vez, uma parte da população santanense que cansou de acreditar na política como elemento de transformação social.  Abstenção chegou a 29,23%.  No RS, a abstenção ficou em 19,78% (1.699.416), nulos somaram 122.919, (1,78%), voto em branco 129.345 (1,88%).

*Novos

O que chama a atenção é que haviam candidaturas locais formadas por jovens políticos com os quais poderia ter havido maior identificação. Mesmo assim, não tiveram os votos que se esperava. Difícil de entender. O eleitor não quer a velha política, mas também não acredita na renovação?

*Perda

Os partidos precisam ter outro tipo de postura. O exemplo deveria ter vindo na definição de poucos candidatos.  Houve uma luta de egos. Se o projeto era avaliação da representatividade política, pensando nas próximas eleições, o resultado demonstrou que os candidatos não tem o peso eleitoral que se imaginou. Não houve vencedores. Perdemos uma excelente oportunidade de olhar para a frente.  Continuaremos vendo pelo retrovisor. Com saudades do passado.

*Congresso

Deputados de centro direita são a grande novidade destas eleições e a nova face do Congresso Nacional. Se Bolsonaro for reeleito terá ampla maioria. Se Lula confirmar favoritismo, vai encontrar uma forte oposição.

*Economia

A semana pós-eleição foi marcada por ótimo humor nos mercados, depois que a performance melhor do que o esperado do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro no primeiro turno, levantou a possibilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o mais votado, moderar seu discurso e buscar alianças mais ao centro. No mercado econômico, investidores comemoram a formação de um Congresso bastante inclinado à direita, com a visão de que isso poderá forçar o próximo governo a seguir uma agenda fiscal mais conservadora.

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