Prefeito Mário Augusto é reeleito com quase 85% dos votos

Mário Augusto de Freire Gonçalves, atual prefeito de Dom Pedrito, aos 29 anos, foi reeleito nas eleições municipais de 2020 com 84,14% dos votos para continuar seu mandato.

Na coligação “Dom Pedrito no Rumo Certo”, Guiga (Diego da Rosa Cruz) foi eleito vice-prefeito. Ambos os eleitos são representantes do Progressistas (PP). “Nós estamos plantando ainda uma semente, o nosso trabalho não é um trabalho para os quatro anos e nem foi para os quatro anos que passaram, é um trabalho para os próximos 20 anos da cidade. Eu não quero ser só prefeito, eu quero representar em algum momento as bandeiras da nossa região, que é uma região que carece de lideranças, infraestrutura, indústrias, mas que tem uma grande história e certamente um longo caminho pela frente”, destacou Mario Augusto, que também é candidato à presidência da Famurs.

Durante visita a Sant’Ana do Livramento, Mário Augusto concedeu uma entrevista ao jornal Correio do Pampa, confira:

CPAMPA: Qual a sensação ao ter sido reeleito prefeito com quase 85% dos votos?

Mário: É uma sensação diferente da primeira eleição, em que as pessoas depositavam nas urnas um sentimento de esperança, e quatro anos depois ver a votação ser ampliada e bater um novo recorde, sendo uma das maiores votações do estado, dá uma sensação de dever cumprido porque agora eu entreguei não a esperança, mas o trabalho, e as pessoas aprovaram esse trabalho.

CPAMPA: A que atribui a vitória?

Mário: A participação das pessoas nesse trabalho. Desde cada evento que foi criado pensando no desenvolvimento do turismo e na evolução cultural da cidade, onde as pessoas tiveram uma participação importante, até as grandes obras estruturais de Dom Pedrito, a escolha das ruas que foram pavimentadas, as melhorias das estradas que tiveram a participação dos produtores rurais, a busca por novos empreendimentos que a comunidade como um todo participou, a participação da universidade, da escola técnica, das comunidades escolares da cidade, tudo isso foi fundamental e esse é o meu maior sentimento, o de dividir com as pessoas a caneta do prefeito.

CPAMPA: Qual a expectativa e planos para os próximos 4 anos?

Mário: Dom Pedrito encontrou um rumo, nós éramos uma cidade com 31% das avenidas e ruas pavimentadas até 2016, hoje nós chegamos em 46%, ou seja, a metade do que se fez em 150 anos, nós fizemos em quatro anos. Nós trouxemos um novo cenário na infraestrutura, estamos mudando a iluminação pública da cidade, resgatamos o ginásio de esportes do município, mas o que eu quero agora é que Dom Pedrito se encontre com o desenvolvimento, e por isso estamos trabalhando tão forte na questão do desenvolvimento através do turismo, que se faz num contexto regional e Sant’Ana do Livramento pode e deve fazer parte desse processo. Também estamos nos preparando para receber novas empresas, qualificamos mais de mil pessoas nesses primeiros quatro anos e seguiremos um trabalho de qualificação dos nossos munícipes.

CPAMPA: Acredita no potencial e na união dos municípios para o desenvolvimento da região?

Mário: Embora Dom Pedrito e Livramento tenham uma relação próxima, nós não fazemos parte da mesma união de municípios da FAMURS (Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul). Eu sou presidente da regional do pampa gaúcho, e Livramento faz parte da AMFRO (Associação dos Municípios da Fronteira Oeste), ainda assim, os municípios que tem a mesma vocação econômica e potencial de desenvolvimento para o turismo precisam caminhar em um mesmo sentido. Livramento e Dom Pedrito precisam encontrar o seu rumo em uma conversa única ajustando suas afinidades e se preparando nesse mesmo tempo para o futuro que está chegando.

CPAMPA: Como tem sido a sua agenda?

Mário: A minha agenda está sendo ainda mais corrida do que nos últimos meses, primeiro porque temos que formar um novo governo, é um governo de continuidade, mas depois de um processo eleitoral nós reavaliamos algumas posturas e vamos ter algumas alterações. E dentro desse contexto eu tenho um novo vice-prefeito, agora do mesmo partido que eu, que me ajuda e me apoia muito nessa articulação política com os vereadores, secretários e comunidade. Eu também estou me lançando a um novo desafio, sou candidato à presidência da FAMURS e logo eu preciso visitar prefeitos de todo estado para apresentar o meu projeto e pedir o apoio do municipalismo.

CPAMPA: O que o levou a ingressar na política?

Mário: Eu ainda muito cedo, com seis ou sete anos de idade, aprendi a declamar uma poesia de um tio-avô que foi prefeito de Dom Pedrito, Dr. Pascoal, que falava sobre a história e a vocação da nossa cidade, e através dessa poesia eu me apaixonei ainda mais pela minha cidade. Aos poucos fui me inteirando da vida pública, dos acontecimentos políticos da cidade, estado e país e muito cedo eu já era chamado de prefeitinho, e dizia que seria prefeito. Com 16 anos eu fui morar em Porto Alegre, já tinha sido presidente do grêmio estudantil na minha cidade, presidente do Interact Clube, e lá fui estagiário na Assembleia Legislativa, em muito pouco tempo me tornei assessor, fui assessor parlamentar em Brasília, e aos 21 anos concorri pela primeira vez a prefeito, fui derrotado nas urnas mas me senti vitorioso porque conquistei 44% dos votos naquela eleição. Voltei em 2016 e fui o prefeito mais votado até então com 75% dos votos, e nesta eleição batemos o próprio recorde chegando em 84%.

CPAMPA: Como se deu a escolha do partido?

Mário: A escolha do partido foi por afinidade ideológica, eu sempre fui muito mais próximo da direita, embora muito distante de qualquer radicalismo, acho até que eu sou a cara da nova direita, uma direita não tão enraizada com costumes já atrasados, mas que defende a liberdade do indivíduo empreender, buscar as suas oportunidades, trabalhar, amar a quem quiser, estudar onde quiser e viver onde quiser.

 Mário Augusto e Guiga