Loja Maçônica Fronteira da Paz homenageia profissionais da Santa Casa

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Essa semana, os profissionais de saúde que atuam na Santa Casa de Misericórdia, no enfrentamento à Covid-19 foram homenageados pela Loja Maçônica Fronteira da Paz, através do Venerável Mestre Rubens Tadeu Rosa Barros e do Sereníssimo Grão-Mestre Tadeu Gomes Xavier, o qual esteve em visita na cidade em razão da passagem dos 10 anos da Loja Fronteira da Paz em Livramento.

O evento foi realizado no anfiteatro do Centro Clínico do Instituto Hugolino Andrade e contou com público restrito em razão dos protocolos de segurança da pandemia.

Conforme Rubens Barros, os profissionais da saúde receberam uma placa em agradecimento ao trabalho que vem sendo desenvolvido durante a pandemia.

“Todos os profissionais são importantes, desde quem trabalha na área da limpeza até o médico. Eu como médico conheço, melhor que todos, o trabalho que estes profissionais desempenharam, principalmente no momento mais crítico da pandemia”, frisou.

Durante seu discurso, Rubens Barros contou como os profissionais enfrentaram o início da pandemia, quando ninguém sabia como enfrentar o vírus, caracterizando o momento da chegada do vírus como aterrorizador. “Precisávamos urgentemente preparar o hospital e não tínhamos nada, o hospital era um caos. Não tinha literalmente nada, sem exagero, nem o básico para o dia a dia havia. Dos respiradores que sabia-se ser essencial, só tinham quatro em atividade, que não suportavam os dez leitos da UTI em funcionamento. O resto era um monte de equipamentos sucateados, precisavam ser consertados e não tinha dinheiro para nada. A credibilidade da Santa Casa na comunidade era nenhuma, até centavos arrecadados nos trocos das farmácias e dos supermercados eram negados”, discorreu.

Rubens Barros contou em seu discurso que para suprir as necessidades do hospital surgiu a ideia de usar da credibilidade da ONG Pró-Vida Santanense, através da presidente, a professora Edelzia Maidana. Aos poucos a sociedade civil começou a se unir e iniciaram as doações, melhorando assim as estruturas de trabalho e atendimento dos pacientes que chegavam no hospital.

Encerrando seu discurso, o maçom e médico agradeceu aos profissionais de saúde pela dedicação, enaltecendo a eterna gratidão de todos que passaram pelo hospital, sejam pacientes, pais, filhos, avós, netos, familiares e amigos que acompanharam os enfermos. Rubens Barros frisou que, como profissional de saúde, entende o que cada colega enfrentou, e diante disso, possui admiração, respeito e orgulho por cada colega.

“Há pouco li que existe a ideia de construir um memorial na cidade para lembrar as pessoas que pereceram na pandemia. Grande ideia.  Mas acho justo também que ali, na entrada daquele singelo hospital, se erga um monumento em mármore ou no bronze eterno para homenagear os profissionais de saúde, para lembrar as gerações futuras que naquele local nos horríveis anos que se iniciou em 2020 deste terrível flagelo, o povo de Santana, seus familiares e amigos, acometidos pela peste acharam guarida, ali foi a fortaleza, a última cidadela da resistência, que enfrentou, cuidou e salvou vidas”, finalizou.

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