As empresas responsáveis pelo transporte coletivo em Sant´Ana do Livramento retornaram a operar nos horários normais a partir das 5h20 da manhã desta terça-feira (12), após uma segunda-feira (11), caótica para os passageiros. A confirmação foi feita pela procuradoria do STU e confirmada pela Prefeitura Municipal no final da tarde de segunda. Desde as primeiras horas da manhã, ainda com impasse, forma muitas as reuniões para tentar resolver a situação e pôr um fim ao cenário de colapso que se instalou na cidade nos últimos dias.
Instantes depois do anuncio feito pelo executivo municipal da decretação do chamado Estado de Calamidade que permitia ao município a contratação emergencial de empresas para prestar o serviço, inclusive com a utilização de vans, as empresas fizeram o comunicado logo após mais uma reunião mantida juntamente com a prefeita.
Pelo acordo, a prefeitura deverá repassar na forma de subsídio o valor de R$ 0,40 de maneira imediata usando parte dos R$ 200 mil reais anunciados, que foram devolvidos pela Câmara a pedido do executivo. Assim, as empresas passam a contar com o valor decretado pela nova tarifa enquanto os usuários seguem pagando o valor de R$ 3,30 até o dia 29 de julho quando o novo valor passa a vigorar no município.
Sobre o abastecimento, Enoc Guimarães, procurador do STU, disse que as empresas irão negociar créditos com os postos de combustíveis usando uma parte do valor que será repassado pela Prefeitura Municipal. Para os usuários do transporte coletivo a notícia soa como um alívio depois de um início de semana chuvosa e de transtornos acumulados nos últimos dias com horários reduzidos, falta de transporte e dificuldades nos deslocamentos. Logo após o anúncio da volta do transporte coletivo, uma manifestação que estava prevista para acontecer nesta terça-feira na frente da Prefeitura foi cancelada.
Agora, uma nova reunião já está agendada para acontecer na próxima quarta-feira (20), entre as empresas e o executivo para debater novos pontos que terão impacto direto no futuro do transporte coletivo em Sant´Ana do Livramento. Outro tema bastante comentado foi a necessidade de uma licitação do transporte público em Livramento. Um exemplo utilizado foi do município vizinho de Quaraí, onde poder executivo local anunciou a empresa Planalto como vencedora da Licitação do transporte.
A Licitação do Transporte Público feita em Quaraí como modelo
O prefeito de Quaraí, Jeferson Pires, conversou com a nossa equipe e contou como foram os passos para a licitação do transporte coletivo no município.
“No final do ano passado nós enfrentamos aqui uma derrocada do transporte coletivo. Os prestadores de serviço aqui estavam muito relaxados com a qualidade do transporte, veículos de péssima qualidade, aumento de tarifa e não era um serviço bacana. Vieram até a prefeitura exigir um aumento no valor repassado para as empresas. Nos apertamos em dezembro, em plena pandemia, calorões de 40 graus aqui, e nos abandonaram. O empresário disse que não faria mais serviços para a prefeitura. A gente então sangrou, passou muita dificuldade na virada daquele ano e início do mês de janeiro, por volta da metade do mês eu tomei a decisão de ir atrás e buscar orçamentos para fazer um contrato emergencial. Eu lembrei da Planalto, da qualidade e contatei a empresa, eles baixaram o valor do orçamento mais baixo apresentado aqui e então emergencialmente fizemos um contrato de seis meses. Foi um sucesso que realmente se mostrou, o atendimento, a prestação de serviço de uma forma qualificadíssima, atenciosa, o ônibus e altíssima qualidade e limpeza”, destaca Pires.
O início do processo de Licitação
“Passado os seis meses nós tomamos a licitação, realizada aqui presencialmente. Todo o processo licitatório é cuidadosamente rigorosamente bem cuidado e tendo como vencedores a Planalto. Foi a proposta mais baixa e com todas as condições que nós exigimos para não perder o padrão de atendimento. A partir de agora é dar continuidade, de maneira licitada, por um período maior e de maneira mais tranquila. A gente recebe muitos agradecimentos por parte das pessoas, usuárias desse transporte, que hoje estão satisfeitos. Temos duas linhas que fazem um ‘X’ na cidade, onde uma das linhas é feita com recursos próprios. Nós optamos por manter a gratuidade porque as pessoas têm realmente dificuldade de pagar a passagem onera muito o pessoal que aqui tem carência financeira e aos cofres públicos teve uma pequena diferença, onde antes era pago R$24,990 mil e agora pagamos R$31 mil. Consideramos um investimento para o bem estar da nossa população”, finaliza.
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