A rotina de quem enfrentou economicamente a pandemia

Quadras de padel retornaram às atividades com novos protocolos, após período sem trabalhar
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Entre os vários setores afetados pela pandemia, as quadras de padel enquadram-se naqueles que mais sentiram os impactos restritivos, e agora, após um período com as atividades suspensas, foram liberadas para o público devido ao relaxamento dos protocolos contra Covid-19.

A fim de saber como o setor passou pela pandemia e como está sendo feita a retomada das atividades, a reportagem do Correio do Pampa conversou com alguns, confira.

Aline Longhi

Sócia do Open Padel

Aline conta que quando começou a pandemia, o complexo havia sido inaugurado há pouco tempo.

“Nos pegou de surpresa assim como todos os setores. Fomos bastante prejudicados. Muitos decretos pedindo o encerramento das atividades, ao total ficamos mais de 3 meses com o complexo fechado. Entre os fechamentos e aberturas, conseguimos aos poucos nos reestruturar”, contou.

Quanto às medidas adotadas no local, Aline explica que é de praxe da empresa a limpeza constante dos ambientes. “Pedimos sempre que os clientes utilizem máscara, disponibilizamos em várias áreas do complexo álcool 70% e nosso complexo é bastante, arejado facilitando a circulação constante do ar. Como fazemos parte de um grupo de atividade física acreditamos que nosso esporte é essencial à saúde mental e física em tempos tão difíceis para todos nós. Nós da equipe Open Padel estamos confiantes nas vacinas e rezando que tudo isso acabe logo, todos com bastante saúde” explicou.

Adrian Ferraro

Proprietário do Acapulco Padel

Segundo Adrian, o início da pandemia coincidiu com o primeiro ano de atividades da quadra. “Passamos por momentos de incertezas, inseguranças e adaptações, foi um período complicado. Agora no segundo ano, as incertezas continuam, mas já estamos mais adaptados com as restrições e cuidados”, explicou.

Adrian Ferraro conta que foi necessário reformular os horários, cancelar a área de churrasqueira e que o local não está vendendo bebida alcoólica para não incentivar a aglomeração após os jogos.

“Apesar de tudo isso o Padel é um esporte que está em plena ascensão, a procura está sendo contínua, isso nos deixa esperançosos”, pontuou.

Daniel Araújo

Sócio-proprietário do Fronteira Padel

Daniel Araújo, sócio-proprietário do Fronteira Padel, junto com Laura Paz Andrades e Carlos Alberto de Los Santos, conta que há um ano iniciou vendendo raquetes de padel para os amigos, depois para todo o Brasil e, em um determinado dia, resolveu expandir o negócio. “Percebi que faltava horário em outros clubes devido a super demanda de atletas entre Livramento e Rivera, então tive a ideia de abrir o Fronteira Padel”, destacou.

Para Daniel, o padel cresceu muito durante a pandemia, pois é um esporte que não tem contato, onde os atletas ficam longe uns dos outros, portanto o pessoal aderiu a esta modalidade de esporte.

“Agora contamos com uma escolinha para crianças de 9 a 12 anos, que são ministradas pelo professor Diego Calderaro e o clube continuará inovando para que os clientes tenham mais conforto”, pontuou.

Quanto às medidas de proteção, Diego Araújo destaca que todos os atletas frequentam o local de máscara e utilizam álcool em gel 70%.

Luciano Costa

Diretor do Padelmania

Para Luciano Costa, a pandemia foi um momento complexo. “Existiam decretos toda hora, alguns bloqueando nosso esporte, outros liberando, em alguns momentos liberando somente aulas, vimos uma dança dos decretos, até o dia de hoje. Nesse período ficamos três meses e meio totalmente fechados, em contrapartida houve um ‘boom’ do esporte, porque fecharam muitos locais de esportes de contato, e jogadores de esporte de contato migraram para o padel, então houve um grande acréscimo no número de adeptos em virtude disso”, discorreu.

Luciano explicou que o padel não é um esporte de contato e oferece aos atletas uma segurança muito grande, pois há bastante distanciamento entre os atletas na quadra. Quanto à retomada dos trabalhos, Luciano explicou que está sendo normal, a única alteração é sobre a retomada dos eventos com público.

“Fim de semana houve a realização de um torneio de um clube parceiro. Tudo aconteceu da melhor forma, mas sem público e sem torcida”, finalizou.

Luciana Fonseca Peniza

Sócia- proprietária do Play Padel

Luciana Fonseca Peniza, sócia-proprietária do Play Padel junto com Sandra Regina Fonseca Peniza, Jaqueline Fonseca Peniza e Luiz Francisco G.P. Neto, explicou que iniciou as atividades em 1992 até 2001, quando fechou o local, reabrindo em março de 2021.

“Iniciaríamos as atividades, mas, infelizmente, o número de casos de Covid-19 aumentou na cidade, fazendo com que permanecêssemos fechados por 15 dias, iniciando a trabalhar no mês de abril”, pontuou.

Ao iniciar, Luciana Peniza conta que foram adotadas todas as medidas de proteção e distanciamento, oferecendo local com álcool gel, termômetro digital, tapete higienizador e máscaras descartáveis para os atletas antes de iniciar os jogos.

“O local é aberto e arejado fazendo com que os jogadores se sintam mais tranquilos por não estarem em ambiente fechado”, destacou.

Luis Carlos Silva

Presidente do Clube Caixeiral 

De acordo com Luis Silva, o clube passou por uma situação que nunca imaginou que iria acontecer, já que entre os associados existem mais de 100 pessoas que jogam padel, então foi difícil.

“Como clube possuímos quadras esportivas de várias modalidades, mas o padel estamos retomando com todos os cuidados que a pandemia requer, ou seja, distanciamento, higienização das mãos, álcool gel na beirada da quadra e sem aglomeração no envolto das mesmas. Estamos tendo esse cuidado, jogam duas duplas, saem e entram outras, tudo de acordo com os protocolos”, explicou.

Luis Silva destaca que os sócios do clube ajudam a manter o controle, pois os mesmos cuidam o distanciamento na hora dos jogos e se organizam para evitar aglomerações.

“Tenho ido algumas vezes até o clube para acompanhar os jogos, e percebo que o pessoal do padel é muito organizado, eles mesmos se controlam e isso é muito bom. A única coisa que todos sentem falta é da confraternização ao final dos jogos”, finalizou.

Jean Galanos

Presidente do Clube Campestre

De acordo com Jean Galanos, como a Pandemia da Covid-19 tem sido marcada por um período de isolamento social, o clube foi afetado no sentido da baixa frequência de sócio, não podendo estar aberto para realizações de eventos.

“A retomada está sendo gradativamente, pois até o momento não estamos com todas atividades liberadas devido a não aglomerações de pessoas”, frisou.

Quanto aos protocolos, Jean Galanos explicou que o mesmo é feito na portaria, com a identificação do ingresso do sócio, controle de entrada e número de pessoas, medição de temperatura, aplicação de álcool em gel e uso obrigatório de máscara.

 

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