História

                       BRAVOS SANTANENSES

Os santanenses sempre participaram de revoluções e guerras. A bravura e a coragem fizeram parte do perfil desses guerreiros. Eram gaúchos anônimos que lutaram na Revolução Farroupilha, guerra contra Rosas, Oribe, Guerra do Paraguai, Revolução Federalista, Revoluções de 23/24/25/30/32. Encontrei no Livro Rafael Cabeda uma citação de uma carta assinada pelo Coronel Aparício, onde relata a combatividade e audácia da Divisão Santanense sob o comando do bravo Coronel santanense Rafael Cabeda. Transcrevo parte do texto da carta enviada ao Almirante Saldanha da Gama, onde narra o combate: (01/03/1895)” Na véspera tive notícias que o Coronel Sampaio tinha se ausentado de Sant’Ana, a frente de quinhentos homens, com destino a Cacequi”.  A tropa federalista alcançou e entrou em combate com os  governistas que foram derrotados, com inúmeras baixas , entre eles vários oficiais e perderam arquivos, cavalhadas, armas e munições. Continuando com a parte do conteúdo da carta, Aparício escreve: “Dos companheiros que comigo tem feito toda a campanha, tenho pleno conhecimento e ontem formei meu conceito sobre a presteza de movimentos, prontidão de ação e bravura do que se chama Divisão Santanense. Com homens como os que compõe a coluna a meu mando, não há país que seja escravo por muito tempo. Não tenho nome que citar, porque todos cumpriram com seu dever como sempre. Nossa perseguição foi além do passo de Vacaquá, uma légua”. Estamos acampados no Passo da Areia, devendo marchar a tarde em direção combinada”. Aparício finaliza sua carta dizendo:” Saúde e perseverança”. Como vocês puderam ver, Aparício Saraiva faz menção à bravura da Divisão Santanense, comandada por Rafael Cabeda. Desprezando o perigo, infundindo ânimo entre os combatentes, costumava percorrer as linhas de atiradores, montado em seu cavalo branco.  Era conhecido como Generalito ou Paladino da Fronteira. Esse enfrentamento ficou conhecido como “combate do Passo das Pedras. Assim, os santanenses registraram seus feitos nas páginas da história rio-grandense.