Diálogo

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O soldado brasileiro

No solo do 7º RC Mec, em 1877, antes do 7º RC Mec nascer do 9º Regimento de Cavalaria Ligeira criado pela Princesa Isabel, foi construído o quartel das forças federais com a denominação de 12º Regimento de Cavalaria. Neste mesmo lugar, era subúrbio da cidade, em terreno cedido pela Câmara Municipal. O nome do Cerro do Depósito data de 1820 ou 1825, quando o General Curado fez seu quartel neste local. É considerado um lugar histórico, visto que em 1826, na campanha da Cisplatina, foi ali organizado o “Acampamento da Imperial Carolina” que serviu de ponto de concentração e apoio para todo o Exército Imperial brasileiro. É margeado por um galho do Ibicuí que, naquela época, corria pelo centro de uma espessa floresta e limitado por rochas escarpadas que o tornavam inacessível a não ser por um estreito denominado “Passo das Pipas”, isso porque o Marquês de Barbacena mandou colocar muitas pipas cheias de areia para um trânsito mais seco.

Gosto do Exército Brasileiro, e sei que as palavras de amor a ele já estão meio gastas para muitos devido ao Estado de Exceção em 1964 muito complexo. Mesmo assim, o dia do soldado brasileiro tem por objetivo homenagear o trabalho dos nossos guerreiros em homenagem a Luís Alves de Lima e Silva, patrono do Exército brasileiro nascido em 25 de agosto de 1803.  Ao longo do século XX, o Dia do Soldado foi perdendo a sua popularidade e não mais é um dia público de festividade, nem mesmo são mais organizadas paradas militares em sua honra como antigamente. Hoje as forças armadas brasileiras são mais homenageadas no dia 7 de setembro, quando é comemorada a independência do Brasil com desfiles militares impecáveis. Na história do nosso país o soldado brasileiro sempre se sobrepôs as adversidades internas e externas de mãos dadas com o povo. Na Segunda Guerra Mundial pode ser visto por muitos ângulos nas fileiras da FEB. Nossos Pracinhas foram os únicos soldados sul-americanos que estiveram no front na II Guerra Mundial. E lá na Itália, a árdua missão que lhes coube, tanto no comando de canhões de 105 como no avanço da tomada do Monte Castelo, como moldar a sua originalidade de forma a enfrentar os desafios da vida com outra perspectiva nas missões de paz da ONU, onde inclusive tivemos guerreiros santanenses do 7º RC Mec em tão nobre missão.

Nossos soldados em cada missão diplomática recebida são invisíveis como vento e de olhos afiados como a flecha dos nossos índios. O valor do soldado brasileiro, num exemplo mais recente, são os treinamentos que faz de outros soldados de diversos países nos cursos se sobrevivência na selva amazônica. Assim, nesta obra de guerra e paz, tudo é apenas um pano de fundo para uma vitória não só pessoal de cada soldado brasileiro como a da conquista das nossas fronteiras desde o século XVIII até as missões atuais da ONU. Sempre foram os principais guardiões da nossa nação engajados abertamente a democracia mundial. Parabéns aos velhos, aos novos e aos eternos soldados da reserva e reservistas como eu, pois ainda somos sentinelas da nossa pátria.

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