A Cervejaria Gazapina e o Lanificio Albornoz
200 anos de Sant’Ana do Livramento
No prédio da foto foi fundada em 1908 a empresa com nome de CERVEJARIA CONCORTDIA de Gazapina & Irmãos. Dos irmãos Vitélio Gazapina, Luiz Gazapina e Carlos Gazapina.
O Sr. Ministro Plenipotente da Itália, Comendador Visctor Cobianchi, esteve presente na inauguração no grande acontecimento da época. Seus produtos foram premiados na Exposição de Torino na Itália em 1911. Naqueles tempos, os aguadeiros desta cidade tinham elevado de 50 para 100 réis o preço do balde d”agua, o dr. Moysés Vianna, intendente municipal, tomou sobre o caso todas as providencias necessárias: Determinou ao srs. Gazapina & Irmãos da fábrica de cerveja a fornecer água a população ao preço de 1$000 por mil litros.
A partir de novembro de 1952, a antiga firma foi substituída e continuada para a empresa Cervejaria Gazapina S.A. tendo como diretores o Sr. Achiles Costa e Hector Gazapina. Também faziam parte da direção Paulo Vitéllio Gazapina, Paulo Ferrari Vianna, Achyle Bassedas Costa, Antônio Carlos Del Fabro e Heitor Munhoz Gazapina.
Dos Produtos, Chopp em Barril, a Cerveja Pilsen, Super, Extra e Aurora, Touro e Vaca, Extrato de Malta, Soda Laranja, Laranjada Pina, Água Tônica de Quinino, Água de Mesa e Gelo. Importavam matéria prima, o lúpulo, do EUA, Alemanha, Uruguay e Argentina.
O Lanifício Thomaz Albornoz teve sua origem em 1908 com um jovem de 19 anos em uma loja de secos e molhados, Era filho de Pedro Albornoz, catalão, e de Margarida Larré Albornoz, filha de um vasco francês. Desde tenra idade educou-se o jovem Thomaz na rude escola do trabalho, já que quando tinha apenas dois anos de idade faltou-lhe o pai, prematuramente falecido. O então jovem Thomas Albornoz iniciou seus estudos no modesto colégio rural de sua zona. Porém, aos treze anos teve que vir trabalhar na cidade, empregando-se em um comercio e estudando a noite. Em 1920 a empresa se estende a atividade de lã, prosperou muito e possuía representantes nos principais países da Europa e América do Norte. Pelo seu dinamismo e inteligência converteu seu negócio em atacado, importando e exportando, e tornando sua firma logo após conhecida em todo os Estado e Exterior. Mais tarde começou a dedicar-se ao ramo de barraca de lãs e frutos do país sendo à época líder desse comercio no Rio Grande do Sul. Em 1939 seu genro Luis Alberto Serralta começou a trabalhar com ele. Posteriormente todos os outros filhos e genro também o fizeram. A empresa prosperou muito e possuía representantes nos principais países da Europa e América do Norte. Entrou em declínio a partir dos anos 80 devido aos fracassos dos planos econômicos governamental, a qual não só ela, como muitas outras foram obrigadas a encerrar suas atividades devido a um câmbio muito instável que endividavam as empresas. Foram tempos muito difíceis para o país e grandes empresas.
Gosto desses registros porque serve de exemplo a nós como amor ao trabalho, caráter sem mácula, homens como o Thomaz e os irmãos Vitélio e Luiz. Deixaram um exemplo que deve ser eternizado.
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