Diálogo

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Los hermanos na Revolução Farroupilha

Por volta de 1882 ouve a ideia de separar o Rio Grande do Brasil para torna-lo uma Federação com as Repúblicas del Plata. Nesse tempo vivia banido em Cerro Largo-UY, perto da fronteira do Rio Grande do Sul, um velho revolucionário pernambucano, o Padre Caldas. A animosidade do Padre contra o Império do Brasil era por ser um dos promotores da fracassada Confederação do Equador em 1825. Isso o levou a colocar Bento Goncalves em contato com Lavalleja, o herói dos 33 orientais contra o domínio brasileiro. Através de Lavalleja, Goncalves estabelece comunicação com Rosas, governador de Buenos Aires. Em 1834 – Rosas havia deixado o poder, mas era grande o seu prestígio na província e na Confederação Argentina. Nesse tempo, um emissário de Bento Gonçalves, Antonio Pauso de Fontoura, vai a Buenos Aires entrevistar o Restaurador porteño e pedir-lhe o seu apoio para insurreição do Rio Grande do Sul.

Segundo e escritor argentino Joé Maria Rosa, o caudilho argentino Rosas teria respondido que este não faltaria… “… desde a hora em que os liberais do Continente erguessem uma bandeira que traduzisse de modo inesquecível as suas efetivas aspirações políticas.” Em outras palavras, ele apoiaria os rebeldes do Rio Grande, se este fosse independente do Brasil. Os contatos teriam seguido durante 1835; o historiador rio-grandense Walter Spalding afirma que nesse ano a esposa de Lavalleja, Ana Monterroso, atuava em Porto Alegre como agente de Rosas.

Até 1834 havia existido um obstáculo à revolta. Frutuoso Rivera ocupava a presidência do Uruguay e estava ligado aos caramurus, especialmente ao general Bento Manuel Ribeiro, chefe imperial da província. Era imprescindível para os farrapos a perda de influência de Rivera. Em 1834, Manuel Oribe assume a presidência do Uruguay, rompendo estrepitamente com o seu antecessor Rivera que corre para se refugiar perto de Bento Manuel. Então, parece chegar a hora da explosão. Bento Gonçalves sonda Oribe, que promete o seu apoio com palavras esperançosas: “… unidas as duas repúblicas do Uruguai e do Rio Grande, formariam um colosso capaz de resistir à totalidade das falanges brasileiras.

Em 20 de setembro de 1885 inicia-se a revolução, de aparência inócua na sua fase inicial: depor o Presidente da província do Rio Grande do Sul, amigo dos caramurus, e substituí-lo pelo vice-presidente simpatizante com os farrapos. Bento Gonçalves fala na sua aclamação do “trono constitucional” e da “integridade do império”. Mas Rosas e Oribe sabem o que se segurar primeiro – desde abril, Rosas é novamente governador de Buenos Aires e chefe virtual da Confederação Argentina – instrui os governadores de Entre Rios y Corrientes por circular reservada (segundo informa um agente imperial)… “… Prevenindo-lhes que é conveniente aos interesses da Confederação que triunfe o coronel Bento Gonçalves e que, para esse efeito, espera dos referidos governadores que prestem diretamente a cooperação que lhes for possível, e muito particularmente para zelar por que nenhum homem que possa ter passe dessas províncias parte a favor do Exmº Senhor General Bento Manuel. ”

Bem, não contavam com a fúria do Império brasileiro, tendo Caxias como missionário da constituição. O resto da história, todos sabem!

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