Diálogo

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Uma outra história para o Brasil

Todas as nações veneram seus heróis, o Brasil quase nada. Vejam as polemicas nos festejos dos 200 anos de independência do Brasil: de trazerem o musculo que deu vida ao D. Pedro I, até ao desfile de 7 de setembro. Tudo porque tem muitos historiadores modernos desdenhando o sentimento pátrio. Para eles a historiografia do Brasil é retrógada. Insistem em descontruir a história oficial com uma releitura baseada nos valores civilizatórios atuais. Querem mesmo recontar a história para vender livros e se lixam ao mal que causam a uma Pátria que perde os valores de sua história. Os bons historiadores mesmo, são os antigos, como Plinio Salgado, anexavam documentos oficiais com relatos de quem participou nos fatos. A quem interessa uma grande nação sem orgulho de sua história?

Um tema bem polêmico por exemplo, é a Guerra do Paraguai, como na última Batalha de “Acosta de ñu o de o de los niños”, o massacre da última batalha da Guerra da Tríplice Aliança. Claro que foi uma matança desumana, e nisso não discordo. Mas achincalhar nossos heróis, que tanto se sacrificaram para desfrutarmos um território continental soberano aos brasileiros, é manipulação pró estrangeira. Claro que o Paraguai tem todo direito de chorar sua tragédia. Mas a nós brasileiros cabe tão somente o respeito a dor deles. Afinal, quem iniciou a guerra foi Solano Lopes em 1864, quando mandou aprisionar o navio brasileiro Marquês de Olinda no rio Paraguai, em direção a Cuiabá (MT). Ordenou Solano: “ve y tráeme todos los barcos brasileños”. Quanto as crianças trucidadas, foi um desatino de Solano Lopez posicionando essas crianças disfarçadas com roupas de soldados diante de uma máquina de guerra como a de Caxias para poder fugir covardemente. Quando se deram conta, já era tarde.

Não estou defendendo o massacre, mas respeito aos nossos heróis quando se reportam a eles como assassinos. Basta ver alguns historiadores argentinos, como os da História del Federalismo Rioplatense. O Paraguai de Solano Lopez, foi um sonho de poder semelhante, em menor escala, aos de Hitler e Mussolini. O Ditador da “República do Paraguai” Francisco Solano Lopez, “sucedeu”, no poder, a seu pai, Antônio Solano Lopez. O sonho dos dois, quase realizado pelo filho, seria de um território gigante para atingir o mar. Queria instaurar um império paraguaio, somado à região de Corrientes Argentina, o Uruguai, e o Rio Grande do Sul. Então, Caxias e o Almirante Tamandaré foram chamados pelo governo imperial a fim de organizar e traçar uma estratégia para alcançar a vitória. Eles foram o responsável por uma série de triunfos militares que tinha como objetivo conquistar a Fortaleza de Humaitá, capturada estrategicamente em 19 de fevereiro de 1868.

Aí tem a turminha dos “intelectuais” brasileiros: Ah, mas! … E daí tem um brasileiro fronteiriço nacionalista como eu, não um fanático, mas um avô teimoso que insiste em não permitir que seus netos acreditem numa construção estrangeira depreciativa ao nosso passado. Um povo sem história não vive, é sobrepujado por outras culturas mais fortes. Vamos desfraldar nossa bandeira neste 7 se setembro dos 200 anos com orgulho. Felicidades meu belo gigante!

 

 

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