A teia de aranha nas eleições

A construção desta fina teia de aranha do Brasil contemporâneo, que a alienação seja aceite enquanto normalidade, que as lutas sociais simulem mudar tudo para não mudar nada, onde diariamente somos confrontados com a realidade, realidades dos políticos, economistas e empreendedores que preferem dizer, que acabam por tecer uma teia de aranha intimidativa onde nos querem apanhar num tempo em que cada vez mais devemos desconfiar do sistema político, como nos é apresentado para nele acreditarmos, constrangidos, e a ele não podermos escapar.

São inúmeras as teias que nos enredam, que não passam de ficções, que, de tão pegajosas na comunicação social controlada direta ou indiretamente pelo império da mídia, dispensando verificações e certificações dos variados e enviesados interesses da aranha mãe que quer proteger seus ovos, aranhazinhas que se reproduzem numa teia onde somos presos num casulo como comida. Estamos cercados por teias dominantes sustentada em realidades ancoradas no falso senso comum, pelo que escapam a qualquer análise racional, com o objetivo subjetivamente de apreciações críticas não conformes as narrativas que diariamente, hora a hora, são construídas e vendidas como verdade, subvertendo a consigna de Lénine que só a verdade é revolucionária, que na verdade foi substituída pela realidade enrolada em evidências não passíveis de qualquer debate, dogmas impossíveis de ultrapassar. Uma teia resistente a todos os idealismos e as ideologias de liberdade. Militam, segundo os seus próceres, as realidades da economia brasileira diante da mundial, dos mercados financeiros e dos seus braços armados, ONGS, FMI e Banco Mundial com empresas presas nos mercados etc., para nos excluírem. Vejam a nossa política e o nosso país mergulhado na teia social que suga a todos, mas liberta a ganancia individual pelo poder, custe o que custe e o povos que se exploda, como bem dizia o comediante Chico Anysio.

Também agora a hipocrisia da justiça, enquanto censura mais um lado com uma caneta burra, sequer fiscaliza a equidade eleitoral dos candidatos nos veículos de comunicação. Tudo numa teia de partidos falidos pela infestação de oportunistas passando por cima dos ideais, onde sem se fazer uma reforma política que fortaleça os partidos, vamos sucumbir politicamente onde só gente criminosa vai reinar. O STF tem histórico de emitir decisões arbitrárias e ilegais. Todos estão errados, mas o problema maior não é a “ditadura bolsonarista”, é a teia que nos prende a valores de arapucas, eleitorais ou de pensar, que na verdade é um sistema que nos amarra como cidadãos para votar.

Depois do fim do regime de exceção, o Brasil teve a oportunidade histórica de manter o país unido e em paz, bastaria ter seguido uma política de diálogo com todos os ressentidos, mas partirmos para a difamação da nossa história sem respeitar a lei da Anistia Ampla Geral e Irrestrita para todos os políticos. O resultado está aí, uma teia que prende e mata para uma aranha insaciável pelo ódio, inveja, mau-caratismo e traições a nos consumir o que de mais almejamos: trabalhar em paz pelo nosso país. Que Deus nos ajude nestas eleições!