A nudez das urnas

Junto aqui a necessidade de pensar e escrever. E hoje escrevo o que sinto… porque ainda penso no futuro… E por princípios, me apresento como um ser político aonde a política é um mal necessário… Digo que há os bons e há os maus… como em tudo na vida. Que a maioria da minha geração, viveu e foi educada… pelo militarismo do Estado com devoção à Pátria. Passamos todo tipo de privações, de ter só uma roupinha para passear, e até das liberdades essenciais… íamos trabalhar em idade de brincar… e aprendemos com essas dificuldades a crescer, ser homem e perceber o que é básico na política do nosso país.

O país se estraçalha agora entre seus cidadãos por conta de um plano de recondução do Lula ao poder, quando da anulação proposital das sentenças proferidas por 11 juízes, vejam só, por simples equívoco de Fórum, numa arquitetura para a prescrição. O Brasil diante de uma crise econômica mundial de custo de vida é imputado incorretamente ao governo Bolsonaro pela oposição e por uma mídia militante sagrando em credibilidade. Fome aumentando e uma justiça politizada, é natural que a massa do povo manipulada entenda que Lula é inocente. Então bingo! O presidente escolhido já está nas urnas. Estas eleições são só uma formalidade da legalização do golpe da mesma elite de sempre: Lula como candidato do sistema, daquilo que ela sempre chamou de imperialismo: grandes grupos de mídia, big techs, ONU bancos, superbilionários e especuladores sanguessugas. Gostem ou não, a nudez das urnas foi exposta: deturpam os fatos e o povo engole, direto, como num trago de cachaça no boteco da esquina. Agora, só um levante cívico para reverter isso.

A rejeição a Bolsonaro foi construída da mesma forma que o veto ao PT em 2018, a mesma estrutura, os mesmos agentes, os mesmos atores que também sabotam o Ciro Gomes. Só não vê quem está imerso no oportunismo ou foi pilhado pelo ódio. Todos negacionistas dos fatos. Bolsonaro e Lula são frutos da mesma árvore, sem semente que salve a Nação da mediocridade, seiva que destrói a árvore da democracia. Então as frustrações dos brasileiros fazem com que as pessoas se dividam: entre Lulistas que buscam um pai que tudo provê e Bolsonaristas de um Estado patriota.

Nessa diferença, enquanto os brasileiros olharem para fora se distraindo com a quantidade de eventos estranhos do consórcio Globo, a ausência de projetos desenvolvimentistas dos candidatos para o país seca. Com isso, prefiro olhar para dentro de mim, reformando a minha casa ideológica interna, minha alma patriótica em pensamentos perplexos. A lição é clara: tudo neste país é ilusão passageira que o tempo transforma. Quem fixar sua consciência plantando sonhos em um terreno que vai receber fogo, perderá tudo, suas sementes, seu tempo, suas energias e suas esperanças.

Fomos convidados, mas não obrigados a nos transformar em marionetes dos maus políticos. Somos filhos renascidos de gerações mortas pela esperança, das cinzas do velho Brasil que continua com imensa iniquidade de partido falidos moralmente. Na hora de votar, lembre-se que a palavra candidato vem de cândido, inocente, puro, de mãos limpas. Boa Eleição!