História – 06/03/2021

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Mulheres de Fibra

Na próxima segunda-feira, dia 08, será comemorado o Dia Internacional da Mulher. Momento de homenagear as mulheres do passado e do presente. Do passado, aquelas que viveram em mundos diferentes, em épocas bastante distintas. Mas carregam em suas histórias pelo menos um traço em comum: lutaram e venceram em sociedades dominadas por homens. A história da humanidade registra muitas mulheres poderosas que foram rainhas, princesas, ministras, guerreiras, revolucionárias, sindicalistas, etc. Deram um basta em tempos dominados por tradições machistas. O mais interessante que elas que não perderam a feminilidade. As mulheres do presente se destacam pelas conquistas e igualdade em todas as áreas e eliminando de vez os domínios do machismo. Bem, olhando para o passado poderíamos enumerar muitas mulheres poderosas, mas encontrei no Brasil alguns casos que merecem nossa atenção. Na Bahia, no maior conflito entre tropas brasileiras e portuguesas, surgiram duas heroínas: Joana Angélica, abadessa do convento da Lapa, morta a baioneta na porta do convento que soldados portugueses decidiram invadir. Maria Quitéria de Jesus, que se alistara no Exército patriota sob o nome de José Cordeiro. Ela lutou com bravura e foi condecorada com a Ordem do Cruzeiro do Sul. Morreu pobre, cega e esquecida. No Sul a catarinense Anita Garibaldi, guerreira, valente, uma mulher à frente de seu tempo. Anita acompanhou o italiano Giuseppe Garibaldi, em suas lutas, combatendo nas fileiras da Revolução Farroupilha, no Uruguai e também na Itália. Não poderia deixar de citar a primeira mulher a se formar em medicina no Brasil foi a gaúcha Rita Lobato. Estudou medicina no Rio de Janeiro e transferiu-se para a Faculdade da Bahia, onde foi a primeira mulher em 80 anos de instituição. A segunda mulher formada em medicina no país foi a pelotense Antonieta César Dias. Mudou-se em 1884 para o Rio de Janeiro com o pai. Lá, ingressou na Faculdade de Medicina com apenas 15 anos. Para sua tese, estudou hemorragia que ocorria em mulheres após parto. A terceira mulher gaúcha, nascida em Porto Alegre, conquistou o diploma de medicina pela faculdade do Rio de Janeiro. Ermelinda Lopes de Vasconcelos, que teve o próprio Imperador Dom Pedro II como presidente da banca de defesa de sua tese. Chegou a ter uma clínica prestigiada no Rio de Janeiro, apesar dos olhares tortos da sociedade por ser mulher. Uma lenda conta que o historiador Silvio Romero a chamou de “machona” em sua crônica, afirmando que a tal médica jamais pisaria em sua casa. Tempos depois, Ermelinda foi chamada na casa dele, para o parto de sua mulher. Como diz o ditado: a volta vem.  Parabéns a todas as mulheres pelo seu dia.

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