Percepções – 27/02

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* Uma perda irreparável

O falecimento da eminente juíza Mirtes Blum entristeceu a classe dos advogados e do Judiciário. Durante mais de 20 anos praticou a justiça com olhos doces, administrando conflitos, aplicando a lei com justiça e serenidade. Tratou as partes com a urbanidade que se espera de um Magistrado e soube encurtar caminhos, com uma visão sistêmica do Direito, preocupado sobretudo em possibilitar a conciliação e o entendimento, principalmente em áreas tão sensíveis, como  a Vara de Familia.

Preocupava-se, sobretudo, com os menores abandonados, crianças em situação de vulnerabilidade, mostrando sua vocação para a construção de uma sociedade mais humana.

*Humilde, sem perder a altivez

O Desembargador Claudio Maciel postou nas redes, na tarde de ontem, um depoimento que sintetiza o tamanho da perda e o significado de sua vida.

Quando a Mirtes estava em véspera de promoção, com preferência pra Santana, ela me ligou. E disse: “Cadico, como sei que és de Livramento, eu abro mão da minha preferência pra que tu vás pra lá…”. Embora eu não tenha aceito essa generosa oferta, isso me mostrou, como em tantas vezes, a grandeza dessa mulher, sua generosidade e doçura, que faziam síntese com um espírito reto e um caráter de granito. Perco uma colega de turma, doce e querida amiga, humana e firme, com uma personalidade única. Uma síntese de ser humilde, sem perder a altivez; ser elevada, sem soberba. A síntese de um bom juiz. Foste uma boa juíza, Mirtes, o que sei que é só o que gostarias de ouvir. Vai em paz, minha doce amiga; dever cumprido”.

*Inesquecível legado

Da mesma forma, o oficial de justiça, Edgar Gravana: “Muito triste. Perdi uma grande amiga. Ela é uma pessoa pura, sem maldade nenhuma, um coração extraordinário, sem similares. Deixou um inesquecível legado para a Magistratura e para todos nós. Verdadeiramente uma perda irreparável para todos nós e para a sociedade gaúcha.  Uma juíza extremamente HUMANA. Que DEUS a receba com todas as honras que ela merece, e conforte o coração de seus familiares!!!”.

*“Perdi uma amiga, uma mãe, uma pessoa com o coração maior que ela”

Bárbara Lima, Servidora do Judiciário, trabalhou muitos anos com a Dra. Mirtes, externando a dimensão, tanto no ponto de vista profissional com o pessoal, desta perda irreparável:

“A vida é um sopro e só levamos dela, as lembranças dos momentos que vivemos.  Hoje perdi muito mais do que uma “ex-chefe”, perdi uma amiga, uma mãe, uma pessoa com o coração maior que ela.  Descansa em paz, Dra. Mirtes Blum, com a certeza de que os ensinamentos que nos deixou ficarão guardados para sempre em nossas memórias.  A senhora era boa demais para ficar sofrendo, tenho certeza que está em um lugar melhor do que todos nós!!! Até mais!!!”.

*Exemplo de urbanidade e equilíbrio

O advogado Ans Severo Gusmão registrou o sentimento dos advogados que conviveram com a Dra. Mirtes Blum: “Sentimos muito, somos testemunhas de muitos anos em que trabalhou nesta comarca. Exemplo de urbanidade e equilíbrio. Sabia como ninguém conduzir uma audiência por mais complexa que fosse. Vai fazer falta e deixa muita saudade. Jamais ouvi levantar a voz para qualquer colega. Lamento muito. Luz, Vida e Amor”.

*Culta e zelosa

O Conselheiro Federal da OAB, Renato Figueira, também prestou suas homenagens: “Foi uma Juíza culta e zelosa, honrada e aplaudida. Participei de várias audiências por ela presidida.  Seu passamento é uma irreparável perda. Meus pêsames à família da Dra. Mirtes, também aos nobres colegas de Santana do Livramento.

 

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