Formada em enfermagem e pós-graduada em Psiquiatria e Saúde Mental, a nova secretária de Saúde é Caroline Alves Gomes, enfermeira há 14 anos e servidora pública de carreira. Caroline já foi professora do curso técnico de enfermagem, atuou em todos os setores dentro de um hospital e por quase sete anos foi enfermeira da Santa Casa de Misericórdia. Para ela, assumir a Secretaria de Saúde tem um significado de grande responsabilidade e transparência com a população.
“Recebi o convite logo após as eleições, fiquei bastante surpresa por não ter ligação política, mas ao mesmo tempo foi gratificante, por ver que a nossa busca diária pelo nosso trabalho pode ser reconhecida. Enfrentamos momentos difíceis nesses últimos tempos como enfermeiros, principalmente dentro da Santa Casa, então vemos que esses esforços não são em vão, de sermos francos, expormos nossas opiniões, e eu sempre fui muito de me posicionar. Me senti lisonjeada de ter sido chamada para esse cargo tão importante”, disse.
Segundo Caroline, antes mesmo de ser empossada, durante a transição, foram realizadas várias reuniões relacionadas à pandemia, que não é um assunto fácil, mas é algo que estão bastante atentos. A questão da Covid-19 é a principal preocupação da secretária, o aumento dos casos, a fiscalização e os decretos. Contudo estão enfrentando uma dificuldade para montar equipes, pois há uma deficiência de técnicos que queiram atuar em frente a essa situação, mas é algo que buscam todos os dias.
A sua experiência profissional, a bagagem que leva para a secretaria e o conhecimento sobre o funcionamento do sistema e quais as carências existentes são considerados por ela fatores que facilitam no desenvolvimento do seu trabalho em frente à pasta.
Com relação à Santa Casa e o histórico de atraso nos pagamentos de funcionários, que Caroline presenciou, ela contou que estão sendo feitas reuniões com os administradores para entender onde está acontecendo a falha. “Sabemos que o problema vem de muitos anos e com certeza não é uma coisa que vai ser resolvida a curto prazo, temos que ter paciência, cautela e responsabilidade, por isso ainda não temos como dar uma visão sobre a Santa Casa, precisamos estudar meios de fazer a Santa Casa crescer”, contou.
Enquanto esteve no setor de maternidade do hospital, a enfermeira colocou em pauta diversas vezes a necessidade de uma UTI neonatal em Sant’Ana do Livramento, porém Caroline disse à reportagem que ainda quando estava na Santa Casa foi informada de que por ter uma na nossa região, em Alegrete, não haveria a possibilidade de ter uma em Livramento, mas essa questão ainda será verificada e analisada novamente.
Já com relação à atual situação do município em meio a pandemia, a enfermeira atribui o crescente aumento de casos às festas de fim de ano, afirmando que nos primeiros 15 dias de janeiro ainda veremos o reflexo dessas reuniões. Por isso, Caroline ressalta a importância de que a população se conscientize, pois o apoio da comunidade ao cumprirem as medidas é fundamental, especialmente neste momento em que, além do aumento de casos, a ocupação dos leitos também cresceu.
A secretária confirmou que os exames continuam sendo analisados pelo Lacen, com resultados que chegam entre 5 e 7 dias, sendo que as pessoas são orientadas a permanecer em isolamento até que cheguem os resultados. Para as pessoas que apresentam sintomas a orientação é procurar o teleatendimento da Vigilância Epidemiológica ou o atendimento Covid realizado na R. Jacinto Moreira, nos fundos da Unidade Sanitária Dr. Carlos Ivoney Moreira Guedes, sendo que o atendimento médico no local é das 18h às 22h.
Devido ao aumento dos casos, foi solicitada a ajuda das Unidades de Saúde dos bairros para que as famílias que passaram o período de isolamento procurem o posto de saúde mais próximo e façam o teste rápido para então serem liberadas se o resultado for negativo. O apoio foi necessário para diminuir a demanda da equipe que está realizando o atendimento Covid, pois a demanda estava muito grande, o que vêm acontecendo também com o atendimento médico.
“Estamos procurando outros médicos que possam realizar esse trabalho, um médico só não comporta, porque a média de atendimento dele é entre 60 e 70 consultas, então o médico também está cansado e também é uma pessoa que precisa de cuidados. É uma sobrecarga grande, a nossa preocupação é com eles também, desse desgaste, precisamos cuidar dos nossos funcionários”, afirmou.
A secretária ainda ressaltou que após o novo decreto, o mais importante é a fiscalização para que tenham resultados prósperos.
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