Docente da área da Saúde do Senac Sant’Ana do Livramento orienta sobre a importância da saúde mental dos estudantes

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), saúde mental é um estado de bem-estar no qual o indivíduo é capaz de usar suas próprias habilidades, recuperar-se do estresse rotineiro, ser produtivo e contribuir com a sua comunidade. Ou, seja, é muito mais do que apenas a ausência de doenças mentais. No âmbito escolar, o assunto ganha cada vez mais força quando se trata de saúde mental na educação.

Em pesquisa realizada pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e pela organização Itaú Social, sobre os últimos anos do Ensino Fundamental na rede pública brasileira, a saúde mental dos estudantes e dos professores é vista como o maior desfio por 75% das redes de ensino.

De acordo com a docente dos cursos da área da Saúde do Senac Santana do Livramento, a enfermeira Aurelia Machado Ribas, é fundamental prezar pela saúde mental dos alunos, prestando atenção a sinais como tristeza extrema, desatenção, deixar de lado tarefas que antes eram prazerosas e etc. “O objetivo é ajudar esse indivíduo, colocando-se no lugar dele. Principalmente para a criação de vínculo que dê liberdade para esse indivíduo desabafar algo que o incomode ou cause preocupação”, comenta.

A relevância do assunto, segundo a enfermeira, está em mostrar ao indivíduo adoecido mentalmente que ele pode ser ajudado e que sua saúde mental é importante. O assunto é tratado como prioridade, principalmente no pós-pandemia: “tivemos muitas pessoas adoecidas mentalmente e que ainda não compreendem a importância da saúde para se construir a tríade: saúde física, mental e social”.

Para a docente, o papel dos educadores no processo é disseminar a prevenção, a qualidade de vida e o fim do preconceito em relação à saúde mental. Entre as dicas para essa promoção, Aurelia destaca: “tragam a temática para os grupos, sejam capazes de multiplicar a informação a respeito, divulguem onde procurar auxílio, sejam bons ouvintes e pratiquem a empatia”, indica.