Diálogo

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O Armour e as Cooperativas

200 anos de Sant’Ana do Livramento

 

O Frigorífico Armour começo a partir da compra da Charqueda Santana por influência do Sr. Pedro Irigoyen em 1917. Se vivia numa sombra fronteiriça dos marcos onde os estancieiros santanenses usavam sua proximidade ao Uruguay para importar e contrabandear gado europeu visando o cruzamento com o boi crioulo. Com o frigorifico, começava aí o refino e qualidade do gado de abate para o corte com as raças Hereford, Durthan, Devon e Angus. Os ovinos Rambouillet, Merino, Romney-Marsh e Lincoln.

A Sociedade Anônima Companhia Armour do Brasil era constituída de 07 pessoas norte-americanos, 01 Inglês, 01 argentino e 01 uruguaios.  Trouxe um imenso progresso, não só para Livramento, como para Rivera, alavancando o desenvolvimento do comércio, clubes sociais e esportivo e tudo o mais, da atração de empregos a cultura, além de sermos um entreposto de embarque. Reinava alegria e a animação de uma grande cidade. A população saltou de 26 mil para 47.414. Livramento era a 5ª cidade do Estado.

Depois de anos de trabalho, um problema da empresa se avolumou com a justiça federal americana, onde foi acusada de cartelização da empresa trabalhar com as filiais independentes obrigando a empresa formar uma firma Swift Armour S.A. Industria e Comércio.

A partir de 1972, tendo como o último gerente os Sr.  Gornatti, com a fusão de outras empresas, a modernidade da globalização, não foi acompanhada pela modernidade da produção agrícola ou industrial, tornado o negócio da carne não mais interessante em grande escala nos anos 1980 devido a custos muito alto se comparado com o surgimento de muitos frigoríficos pequenos em muitas praças. Enquanto durou o frigorífico, esta fronteira usufruiu muito bem um clima de prosperidade e do progresso fácil nunca mais visto.

As cooperativas de grãos, carne e lã se integravam, a Cooperativa Santanense de Lãs Ltda foi fundada em 17 de outubro de 1944 numa reunião na cidade de São Gabriel, com a presença do Min. Apolônio Salles de Oliveira lançaram as bases para a fundação da sólida cooperativa. Foi um complexo empresarial rural que congregava mais de mil produtores e mais de 350 empregos diretos. Era uma união resultante de quatro cooperativas menores: lã, frutos, grãos e carne. Foi um importante instrumento para a produção santanense. Industrializava e comercializava seus produtos até para exportação.

Sant’Ana do Livramento já teve posição de destaque na economia do Estado com dois frigoríficos; um lanifício; uma cervejaria; uma cooperativa de grãos, carne e lã; um curtume; uma grande tipografia, produtora de rótulos de embalagens, inclusive para a indústria de São Paulo; madeireiras; engarrafamentos de bebidas, entre outros. Nossa matriz econômica mudou com os vinhedos, energia eólica e agora olivais. Tem um potencial de recursos naturais de solo e de água, que aliados ao clima, permitem a exploração econômica de todas as culturas vegetais e animais, adaptadas ao clima temperado. Estes potenciais físicos, quando forem explorados mais intensamente, podem, a médio prazo, recuperar a economia do município, gerar empregos e promover o bem econômico e social dos santanenses.

 

 

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