Polícia apura estímulo de ataque em escola; professora não teve chance de defesa

Professora de 71 anos é esfaqueada por aluno, contido depois que duas docentes conseguiram imobilizá-lo e desarmá-lo
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A professora Elizabete Tenreiro, de 71 anos, foi assassinada, ontem, a golpes de faca dentro da sala de aula em que lecionava, na Escola Estadual (EE) Thomázia Montoro, no bairro da Vila Sônia, na capital paulista. O assassino é um estudante de 13 anos, do 8º ano da instituição de ensino, com histórico de agressividade e que segundo a própria mãe relatou em depoimento, vinha apresentando um comportamento incomum, dentro de casa, nos últimos dias. Outras cinco pessoas foram feridas.

O ataque aconteceu ontem cedo, pouco depois do começo da aula. O jovem entrou na escola vestido completamente de preto, com um boné e uma máscara tipo balaclava. A motivação supostamente seria o bullying praticado pelos colegas, conforme teria reclamado para os pais. A primeira a ser agredida foi a professora Elizabete, enquanto fazia a chamada dos alunos em classe.

Toda a agressão é registrada pelas câmeras de segurança. Depois de acertar Elizabete, o jovem desfere vários golpes de faca contra a professora de História Ana Célia Rosa, que mesmo caída continua sendo atacada. É quando aparecem outras duas docentes: Cíntia da Silva Barbosa, que leciona educação física, dá um golpe do tipo “mata leão” no agressor, enquanto Sandra Pereira consegue desarmá-lo.

A polícia encontrou com o jovem a faca usada nos ataques, um pedaço de tesoura, um celular, uma arma de airsoft e um videogame. Ele foi apreendido e encaminhado à 13ª DP da capital paulista. O estado decretou luto de três dias pela morte de Elizabete e a escola fechará por sete dias.

O secretário estadual de Educação, Renato Feder, confirmou que o agressor era aluno da Thomázia Montoro, pediu transferência e retornou à instituição no início do mês. Semana antes do crime de ontem, a antiga escola do jovem, EE José Roberto Pacheco, fez um boletim de ocorrência contra o adolescente, uma vez que apresentava “comportamento suspeito nas redes sociais, postando vídeos comprometedores, como, por exemplo, portando arma de fogo, simulando ataques violentos”.

Segundo relatos de colegas, o agressor havia brigado, na semana passada, com um jovem da mesma sala depois de chamá-lo de “macaco” — que partiu para cima do autor das facadas. A professora Elisabete foi quem interveio para separá-los.

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