Você apoia a atitude da Prefeita, ao intervir na Cardionefroclínica?

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Após o Executivo Municipal assumir o serviço de hemodiálise, a reportagem do Correio do Pampa conversou com os vereadores, a fim de saber se os mesmos apoiam a decisão tomada.

Dagberto Reis- PT
“Apoio e sempre apoiarei o SUS- Sistema Único de Saúde- que financia aos cidadãos, de forma universal, um serviço de alta complexidade como a hemodiálise. Apoio os pacientes que hoje são atendidos com serviço de qualidade e aqueles que precisam do serviço e não foram incluídos na clínica pelo SUS, precisando judicializar sua demanda, já que a referência na região não os atendia. Requisitar serviços, quando estes não atendem as necessidades da população é uma prerrogativa do governante, que deve ser exercida na defesa do interesse público”.

 

Duda Amaral- PP
“Minha maior preocupação no caso da Cardionefroclínica, é com o atendimento dos pacientes. Que os novos pacientes do SUS sejam atendidos aqui na cidade como deve ser e que todos sigam tendo o atendimento de qualidade que a clínica sempre teve. Por sinal, pessoas essas que já estão numa situação de vulnerabilidade pela condição de saúde e toda essa confusão acaba trazendo mais dúvidas e até desespero para eles e suas famílias. Minha opinião é que um serviço credenciado ao SUS não pode virar as costas para os pacientes que chegam pelo SUS, mas por outro lado considero desproporcional, tempestivo e até ostensivo a forma como a Prefeitura agiu para assumir o controle do serviço. Diálogo e transparência não fazem mal a ninguém e seria muito mais tranquilo a passagem do bastão dessa forma. Agora, temos de ser atuantes e vigilantes para que o nível da qualidade do atendimento da nefro não caia, mas infelizmente já tenho recebido de muitos pacientes reclamações da diferença de tratamento. Fico preocupado com as decisões da Santa Casa e da Prefeitura investirem tanto tempo e dinheiro para substituir empresas que há anos estão lá dentro, oferecendo um serviço de qualidade para nossa população ao invés de buscarem trazer serviços que não temos no SUS nem pelo poder público e nem pela iniciativa privada. Não seria o caso de aproveitar que nefrologia e os exames de imagem já eram realizados por essas empresas para ir atrás dos serviços de urologia, neuropediatra, oftalmo, entre outras que mandamos os pacientes todos para outras cidades?”.

 

Maurício Galo del Fabro- PP
Líder de Governo
“Essa requisição administrativa é um Ato Discricionário e legal do Chefe do Poder Executivo, pois a Santa a Casa de Misericórdia está sob intervenção da Prefeitura. Devemos entender que existe uma demanda reprimida (oferta reduzida), por isso, há necessidade de que todos os pacientes de Insuficiência Renal tenham o Direito de receber o serviço através de um plano de Saúde particular, ou pelo SUS. Outro Ponto, é que, pacientes de insuficiência renal crônica acabavam utilizando o serviço de UTI do hospital, retirando a vaga de outros pacientes, prejudicando o funcionamento dos leitos de UTI do único hospital SUS da cidade. Por fim, espero que este litígio judicializado seja resolvido, pois o hospital aguarda a liberação para a instalação de 09 (nove) novas máquinas de hemodiálise; que 100% dos pacientes SUS sejam atendidos e se interrompa a transferência de pacientes para outros Municípios. Reconheço que o serviço prestado pela Cardionefroclínica por meio de seus funcionários e colaboradores é de excelente qualidade e incontestável, desejando que o serviço continue pleno sob nova direção”.

 

Thomaz Guilherme- PTB
“Eu concordo com o posicionamento que Executivo tomou, acredito que já era para ter feito. A prefeita, na minha opinião, teve coragem que gestores passados não tiveram e para a Santa Casa será muito bom também. Entendo que não precisa chegar a esse ponto, mas não teve outra alternativa sendo que há mais de ano vinha tendo conversa com a Cardio, mesmo não tendo êxito, chegando a determinado ponto que teve que agir de outra forma, a qual fez. Parabenizo a prefeita Ana, pela coragem repito, qual gestores anteriores não tiveram, por fim sempre na transparência e clareza no que faz”.

Jovani Romarinho- Republicanos
“Na verdade, é uma “Requisição” por 180 dias, tendo em vista que o diretor da empresa negou atendimento para pacientes SUS, esse foi o motivo dito pela própria Prefeita Ana Tarouco em entrevista. Eu como vereador estou sempre do lado da população, e nessa situação específica estamos falando de vidas que necessitam de máquinas para poder continuar existindo, a incerteza e o medo tomou conta dos pacientes em um primeiro momento, e vejo como algo natural pois demora alguns dias para que as pessoas entendam o que realmente está acontecendo, a requisição da prefeita não alterou a execução dos serviços prestados pela empresa, e desde o ano passado quando foi anunciado que o Executivo assumiria o serviço, de pronto fui acionado para conseguir recursos para auxiliar e foi isso que fiz, são mais de R$88 mil reais para aquisição de máquina de hemodiálise, com isso digo que foi um ato de muita coragem da prefeita Ana Tarouco em assumir esse risco de administrar a clínica tendo muitas vidas em jogo”.

 

Rafael de Castro- PSB
“Eu apoio as políticas públicas implementadas para melhorar a qualidade de vida da população. No entanto, não acho correta a forma como foi realizada a requisição administrativa, por ter sido de forma agressiva e sem qualquer aviso à população, aos pacientes e familiares. Esse tipo de atitude causa angústias e incertezas nas pessoas, principalmente nos pacientes, sobre um assunto tão delicado que é a saúde. A pergunta correta é: Por que a Prefeita não age da mesma forma em outras questões também urgentes à nossa comunidade, como, por exemplo, no transporte público, na contratação de mais médicos para reduzir as enormes filas nos postos de saúde? Nessas questões não vemos a mesma forma ativa e incisiva de atuação. Quanto à questão legal, a Prefeita tem prerrogativa para a requisição, inclusive a questão já foi judicializada e “legalmente”, foi autorizada”.

 

Leandro Ferreira- PT
“A prefeita fez o que outros já deveriam ter feito. Teve toda uma documentação, houve uma CPI em razão da Cardionefroclínica e, até então, as coisas seguiam como o antigo diretor queria. Para mim, a prefeita Ana Tarouco tomou a decisão que outros não tomara, agindo de forma correta”.

 

Bancada do PDT

Vereadores Enrique Civeira, Eva Coelho, Maria Helena Duarte e Cleber Custódio

A bancada do PDT manifestou-se em nota sobre o assunto, dizendo que não é questão de apoiar ou não apoiar.

“Se o Dr. Freitas oficiou a Prefeitura, dizendo que não tinha mais interesse pelo serviço, não estava mais pegando novos pacientes SUS, até porque teve que demitir pessoal para poder manter a clínica em funcionamento, considerando que o Executivo teve um gasto significativo na compra de máquinas, o Executivo diz que o Dr. Freitas não quis fazer uma transição de forma amigável, nos foi relatado que ele não vinha cumprindo o contrato, entre outros fatos que não vem ao caso. Não vamos entrar nessa briga de Cardionefroclínica e Prefeitura, Dr. Freitas e Ana Tarouco, o que queremos é que, quem tem que fazer tratamento, não saia da cidade. Se a prefeita, agora fez uma requisição administrativa de toda clínica, bens e CNPJ, que se aumente o serviço, e certamente terá que enviar mais dinheiro para o serviço, pois senão fica inviável o atendimento. O que nos preocupa são os pacientes, familiares e os funcionários que, daqui a pouco, não venham a receber seus salários em dia, nem Fundo de Garantia, tudo isso nos preocupa. Agora dizer se vai ser bom ou ruim, isso o tempo que vai responder. A bancada do PDT torce para que tudo dê certo, independente com quem esteja, que nossa população seja bem atendida porque é um serviço muito delicado e, todo o tempo que o Dr. Freitas esteve à frente a Cardio, queixas sobre o serviço, nenhum de nós recebemos”.

 

Resposta

Procurados pela reportagem para manifestarem a sua opinião, os vereadores Gilbert Gisler Xepa, Lídio Mendes, Felipe Torres, Aquiles Pires, Romário Paz e Elson Alvienes não enviaram seus posicionamentos, até o fechamento desta edição.

 

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