Após recessão no comércio, empresários estimam aquecimento do mercado para o final de ano

Aumento entre 05 e 10% no crescimento das vendas é pelo setor, que enfrenta dificuldade no preenchimento de vagas temporárias
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“Dezembro é a melhor época do ano.” Quantas vezes já ouvimos essa frase? De fato, essa época é promissora em todos os aspectos: seja para o consumidor, que vai receber o 13º salário e as bonificações trabalhistas, ou para os empresários, que vão aumentar a receita com as vendas de final de ano.

Contudo, a pandemia trouxe desafios para todos os setores, incluindo o aumento da inflação e o crescimento do desemprego.

Mesmo diante deste cenário, é possível ter boas projeções, e a busca por emprego segue sendo um dos maiores desafios para o trabalhador. Entender quais são as áreas e cargos com maior procura podem ajudar na formulação do currículo e saber onde estão as melhores oportunidades.

 

Benefícios sociais ajudaram comércio

Nos últimos meses, o comércio foi beneficiado pela reabertura da economia e pelo aumento de dinheiro em circulação do mercado, com a entrada dos saques extraordinários do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e a antecipação do 13º para aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

 

Expectativas para o período

 

Raed Shweiki – Casa Guri

De acordo com Raed, o período é propício para concentrar esforços no foco das vendas e projeta um final de ano com crescimento entre 5 e 10% em relação ao mesmo período do ano passado. Isso decorre do câmbio favorável em relação ao peso uruguaio, que se valorizou em relação ao real, tornando a mercadoria brasileira mais barata, assim o cliente uruguaio consegue comprar mais com o mesmo valor da moeda.

“Viemos enfrentando desde o mês de setembro, uma queda nas vendas em relação ao ano passado, cerca de 20%. Frio tardio, contribuiu, negativamente diminuindo as vendas. Nessa época é importante destacar temos a oportunidade de aproveitar a copa do mundo para alavancar as vendas e melhorar esses índices. Conversando com empresário e outro, é possível constatar que a demanda hoje, é maior do que a oferta no que se refere às vagas de emprego, ou seja, temos vagas que não estão sendo preenchidas por conta da dificuldade de contratar funcionários com o perfil exigido. As vagas estão disponíveis e deverão ser preenchidas no menor espaço de tempo, já visando as compras de final de ano”, destacou.

Ainda de acordo com o empresário, o mercado brasileiro fornece uma gama de mercadorias atrativas para o público uruguaio, pois comercializa produtos que não são encontrados com preço acessível, como calçados e brinquedos, uma vez que os free shops, trabalham com mercadorias importadas.

“Esperamos um final de ano que possamos fazer as contratações temporárias, como já estamos fazendo, para que possamos aproveitar o aquecimento do mercado e que tenhamos um Natal e Ano Novo de muito sucesso e comida na mesa. Tudo isso se dá em função do trabalho, pois só assim as coisas se tornam mais fácil e conseguimos ter uma vida melhor”, discorreu.

 

 

Joubert Mouchet – Parada Obrigatória

O empresário do ramo de bazar e vestuário, Joubert Mouchet, conta que o comércio sofreu bastante com a pandemia, mas que indicadores mostram uma reação e que o comércio varejista vem sofrendo um crescimento gradativo, que possibilita ao segmento vislumbrar um período de bons negócios.

“Estamos nos preparando e podemos dizer que a expectativa é muito boa para o final de ano, e já prevemos um crescimento no volume de vendas. As vagas temporárias estão abertas e deverão contribuir para buscar atender o público que certamente virá fazer suas compras de final de ano. Apostamos na variedade de mercadorias, pois nessa época existem inúmeras ocasiões para presentear amigos, familiares, colegas nas tradicionais festas e confraternizações de final de ano”, contou.

O empresário considera esta e melhor “safra” para o segmento e que a empresa, há exemplo de outros anos, contará com vagas temporárias que deverão ser preenchidas de acordo com o crescimento gradual do movimento e consequentemente, das vendas.

“A necessidade de contratar novos colaboradores e a expectativa de aquecimento nas vendas do final de ano trazem de volta o ânimo para os empresários. Os desafios agora se concentram em manter a loja abastecida para encher os olhos do cliente, além de recrutar novos talentos e formar mão de obra, sem esquecer, claro, de continuar honrando as dívidas da pandemia e, além delas, correr atrás do lucro necessário para o crescimento”, destacou.

 

 

Empregos

De acordo com dados do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), até setembro, mês do último levantamento de dados, Sant’Ana do Livramento tem um saldo positivo de 22 vagas entre pessoas que foram admitidas e desligadas entre os setores que empregaram, até o terceiro trimestre do ano, somando 419 admissões contra 397 desligamentos.

A maioria das vagas são ocupadas por pessoas na faixa etária entre 18 e 24 anos, seguidos de pessoas da faixa etária entre 40 e 49 anos. Entre os setores que mais cresceram na efetivação de vagas, podemos destacar o comércio, maior responsável pelos empregos gerados, serviços, como administração pública, defesa e seguridade social, alojamento e alimentação, construção e agropecuária.

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