Pneumologista explica sobre os novos casos de corona vírus e dá dicas de prevenção

Nesta semana a reportagem do Correio do Pampa conversou com o médico pneumologista Tiago Lopes, que trabalha com doenças do aparelho respiratório, para adultos e crianças acima de 6 anos. Tiago Lopes destacou os cuidados que devem ser tomados com esta nova variante e a que se deve o aumento dos casos de covid-19.

 CPAMPA- A que o senhor atribui ao aumento significativo de casos?

Tiago Lopes: “Com certeza aos festejos de final de ano e as aglomerações”.

CPAMPA- Qual é o comparativo desta nova variante com as outras?

Tiago Lopes: “O vírus tem dado sintomas mais leves predominantemente de vias aéreas superiores, raramente afetando os pulmões, em vacinados. Algumas pessoas têm apresentado sintomas de inflamação de garganta mais exuberantes”.

CPAMPA- Como pneumologista, como o senhor vê esta nova variante?

Tiago Lopes: “Vejo de forma positiva, pela baixa gravidade e alta infectividade, provavelmente gerando imunidade de rebanho na população. O maior problema por enquanto está sendo o adoecimento e consequente afastamento do trabalho de várias pessoas ao mesmo tempo, causando impacto em empresas, repartições públicas e até mesmo serviços de saúde”.

CPAMPA- Acredita que ainda teremos mais novos casos, ou esse aumento foi apenas devido as festas de fim de ano?

Tiago Lopes: “Acredito que provavelmente teremos um pico de casos dentro de 15 a 30 dias e depois tenderá a cair”.

CPAMPA- Como o senhor difere a H3N2 com a variante da Ômicron, já que possuem sintomas parecidos?

Tiago Lopes: “Na prática é muito difícil de fazer a distinção apenas pelos sintomas, que são semelhantes”.

CPAMPA- Quais cuidados devem ser tomados com esta nova variante?

Tiago Lopes: “Estamos entrando no 3º ano de pandemia, acredito que todo mundo já saiba os cuidados necessários. No momento acho que enfatizaria mais o aspecto de que a qualquer sintoma gripal que a pessoa tiver, se isole e evite infectar outras pessoas. Além de reforçar o uso da máscara nos ambientes fechados, quando estiverem pessoas que são fora da nossa “bolha familiar”. Outro aspecto a ser reforçado é que as pessoas, principalmente as de risco, tomem as vacinas”.