Percepções

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Em busca do voto dos conservadores

A eleição de 2018 abriu uma ferida que vai levar um bom tempo para cicatrizar sobre a agenda dos costumes no universo político. A vitória do presidente Jair Bolsonaro (PL) mostrou que há muito espaço para os defensores de teses conservadoras.

De acordo com reportagem da revista IstoÉ, Bolsonaro sai na frente como representante de uma extrema direita empedernida e liderada pela ala ideológica do governo. Ele não tem qualquer filtro na sua narrativa e isso agrada os extremistas, que veem os excessos com bons olhos. O ex-juiz Sergio Moro (Podemos) ainda não se apresentou para defender essa pauta. Mas será colocado contra a parede e terá que se posicionar sobre armamento, homofobia, liberdade religiosa e feminismo, além de outros diversos temas, assim como os seus adversários.

Conforme IstoÉ, por sua vez, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já faz sua aproximação com os evangélicos. Segundo pesquisas, o segmento religioso representa cerca de 30% da população. A ideia é dividir os votos, sem os quais a campanha ficaria prejudicada. Na última eleição, o tema do casamento homossexual, a adoção de crianças por esses casais e a ideologia de gênero foi objeto de amplo debate. “Atribuiu-se muito ao PT e PSOL a vanguarda dessa discussão, assim como o feminismo e a descriminalização do aborto. Ter um católico como o ex-governador Geraldo Alckmin na chapa sinaliza uma trégua para um público conservador”.

A publicação lembra que, uma fala totalmente equivocada deixou marcas em Ciro Gomes (PDT), em 2002. Ele fez um comentário machista a respeito da esposa, na época, a atriz Patrícia Pillar. Ciro não é diferente dos outros candidatos e está interessado no voto conservador. Tanto, que ele fez uma engenharia política bem arriscada e partiu ao ataque contra Lula considerado como extremista da esquerda, visando uma aproximação com setores conservadores da direita.

O governador João Doria (PSDB) terá facilidade de falar com o público conservador. No entanto, o tucano se considera liberal tanto na economia quanto nos costumes, defendendo minorias, mulheres e negros, por exemplo.

Novo ano

O que desejar para amigos que nos acompanham durante todo ano, pelo Correio do Pampa, que não seja saúde? Foi a grande lição que aprendemos: fragilidade da vida e a necessidade premente de ter condições físicas e mentais para enfrentar desafios que vem de situações fáticas e de inimigos invisíveis, capazes de invadir o corpo humano e abreviar vidas.

A palavra de ordem é saúde. É que o desejo para todos. E, ainda, um sentimento de gratidão por ver que nosso Jornal vem crescendo, graças ao apoio de leitores e assinantes. Só tenho a agradecer.

Expectativas

Vereador Aquiles assume o Legislativo num momento importante da vida política. Tem como uma de suas características ser um homem de diálogo, aberto a ouvir e construir projetos em comum. Resta vai qual será a posição do Executivo e de que forma pretende dialogar com os vereadores.

Oposição

Vereador Enrique Civeira, após deixar a presidência, deve liderar oposição ao governo. Livre das amarras do cargo, está livre para fazer oposição.  Deverá ser linha dura.

Mudanças

Prefeita Ana Tarouco deixa de contar com Adriana Muniz, sua principal aliada na Administração Municipal.  O governo analisou de forma genérica a situação, alegando ter sido uma decisão de gestão, sem explicar exatamente o significado da expressão. Por outro lado, vereador Romarinho vinha defendendo a necessidade de mudanças, o que acabou ocorrendo.

Diálogo

Cada vez que a Prefeita dá uma entrevista, ela não apenas esclarece os fatos como informa a comunidade. Deveria ter em sua agenda um dia para conversar com os jornalistas, com pauta livre para abordar todos os assuntos que digam respeito ao dia a dia da cidade. Não vejo melhor forma de transparência.  Fica a sugestão.

                        UMAS 8 OUTRAS

Altas temperaturas tem lotado os clubes sociais da cidade. Pela noite, a opção são os bares e restaurantes da avenida Tamandaré e da Sarandi. Pelo jeito, poucos irão viajar, em função de prevenção à saúde e falta de dinheiro. *** Turistas argentinos tem sido uma raridade, por aqui.  A desvalorização de sua moeda tornou muito cara o projeto de passar as férias no Brasil. ***Lula, Bolsonaro são nomes definidos, mas quem será a terceira via, Ciro ou Moro? Esta, a pergunta que não quer calar. Será uma eleição pesada, com militantes aguerridos e com alta dose de agressividade. Tomara que a intolerância não chegue a gerar vítimas. Tomara. ***Impressionante como ficou difícil discordar de quem acha que a visão política só tem uma faceta. Parece que a gente comete um crime por discordar. Para os radicais, seja qual for a corrente, “democracia é o direito que eu tenho de dizer o que eu penso”. E ponto final.

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