Diálogo

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Armazém Literário

Neste 12º Armazém Literário a realizar-se de 02 a 04 de dezembro, é para estimular a leitura, cuja história é apenas o resumo do peregrino da leitura Jorge Santos com os demais membros do seu grupo que lhe emprestam o ombro por uma causa muito nobre: inclusão a cultura. O trabalho dele iniciou no bairro Wilson como uma resistência para a descentralização da cultura em uma sociedade cujo poder público pouco promove cultura nos bairros. O ponto comum entre os participantes embasou a constatação de que falta incentivo à leitura e a produção de textos entre alunos, pois o computador não é a última palavra em educação, é apenas uma ferramenta para a educação, o qual não dispensa uma boa formação cultural que só os livros proporcionam. E nesse sentido, a literatura é indispensável.

A literatura gauchesca, mesmo considerada um subgênero da literatura da América Latina que tem o objetivo de recriar a linguagem no gaúcho e relatar seu modo de vida. Suas características mais marcantes como o gaúcho como principal personagem e o transcorrer das ações em espaços não urbanos e abertos, como é a Pampa. Entre outros aspectos, a literatura gauchesca apresenta descrições da vida no campo, os costumes, assim como personagens que habitam estes locais como índios, mestiços, negros, gringos e outros.

A literatura gauchesca estabelece-se como um gênero entre os séculos XVIII e XIX, quando firma-se na produção latinoamericana. No que se refere ao século XIX, um dos autores fundamentais é Bartolomé Hidalgo, que produziu versos políticos. Além dele, há Hilario Ascasubi, que foi um poeta exilado, Santos Vega de Rafael Obligado, Estanislao del Campo e Antonio Lussich. E claro, no século XX os nossos gaúchos preferidos Simão Lopes Neto, Cyro Martins e o folclorista Paixão Cortes.

Há uma forma de exaltação do folclore e da cultura da região, utilizado como protesto e crítica social. No que se refere à linguagem e à forma, distingue-se de outras literaturas pelo emprego de metáforas, arcaísmos, neologismos e termos aborígenes. Além disso, o monólogo é predominante sobre os diálogos e há pouca utilização de sinônimos.

A poesia mais famosa da literatura gauchesca chama-se “Martín Fierro”, de José Hernández. A primeira parte da obra surge no ano de 1872 e a segunda em 1879, chamada “La vuelta de Martín Fierro”. Com o personagem Martín Fierro, o autor apresentou um gaúcho que representava a todos, sua forma de vida, maneira de se expressar e pensamentos.

No século XX, a popularidade de contos e novelas da literatura gauchesca cresce de forma considerável e acaba por dar origem a várias associações, em Buenos Aires e no Uruguai, de emigrantes que se vestiam como gaúchos e imitavam seus costumes. Com o tempo, foram fundados diversos periódicos que tratavam da temática gaúcha. O primeiro poeta gaúcho é considerado Bartolomé Hidalgo, que publicou Diálogos patrióticos, de 1822.

Disse isso tudo para vermos como é importante cuidar da leitura, principalmente das crianças. Prestigiem o Armazém Literário.

 

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