Dia do Radialista: profissionais relatam a importância do rádio e as experiências vividas na carreira
Neste domingo (07), é comemorado o Dia do Radialista, e em razão disto, a reportagem do Correio do Pampa entrevistou alguns profissionais da área para saber sobre suas histórias ao longo dos anos e a importância do rádio nas suas vidas.
Bruna Wetternick
A radialista conta que é jornalista formada pela UFN (2008), e viu como um complemento em sua profissão ter também a formação em rádio. Foi então que em 2009, fez o seu curso de radialista na cidade de Porto Alegre, na Fundação Padre Landell de Moura.
“Optei por ser radialista porque sempre considerei o rádio uma das mais espetaculares invenções do planeta. O rádio é o companheiro de todas as horas, aquele veículo que te alegra com uma música e te motiva com alguma mensagem especial”, frisou.
Segunda ela, o rádio é o que mantém as pessoas informadas com o imediatismo, fazendo com que todos tenham noção dos acontecimentos sem a necessidade da imagem, considerando o rádio, o meio de comunicação que mais evoluiu ao longo dos anos e que sempre conquistou seu espaço. Ela contou que atua na profissão desde 2007, ainda quando estudante de radiojornalismo, já trabalhou na Rádio Unifra (estagiária), e como contratada na rádio RCC FM, Rádio Web AQUI Cultural e na Rádio Querência FM, onde está há 12 anos, com o programa Bruna Wetternick que vai ao ar todos os sábados, das 12h30 às 15h.
Para ela o rádio é uma grande paixão, “é um meio de comunicação mágico, onde através dele o futebol fica mais emocionante, as pessoas bem informadas e o entretenimento é garantido, sem falar na aproximação que o rádio proporciona entre os ouvintes e os locutores, quantas amizades, namoros e até casamentos o rádio já fez?. O rádio é aquele que capta emoções e corações por onde é escutado, a importância do rádio é imensa”, destacou.
Com relação ao avanço da internet, ela fala que o imediatismo e a flexibilidade das notícias são os elementos principais para a sobrevivência do rádio.
“Muito se ouviu falar que, quando surgisse a televisão o rádio iria acabar, depois quando a internet surgiu seria o seu fim e agora os aplicativos de streaming são apontados como os novos inimigos, porém o rádio não vai acabar, porque ele se reinventa”, finalizou.
Edson Gonçalves
O radialista disse que sempre foi muito comunicativo e desde pequeno ficava encantado com a forma de ser de alguns comunicadores em programas de televisão, mais especialmente os de rádio pela sua capacidade de encantar e conquistar os seus ouvintes apenas pela voz e ver o quanto eles faziam o bem para as pessoas.
Segundo ele, isso foi o que mais o cativou com passar do tempo, contribuindo para a escolha de ser radialista, já que nesta profissão é possível chegar até as pessoas nos mais diferentes locais, sem ao menos conhecê-las, mas sabendo que elas estão presentes todos os dias, podendo assim ajudar ao seu próximo, através de uma mensagem, de uma música, levando entretenimento, notícias e outras assuntos até a casa das pessoas, para ele isso é fascinante.
“Eu atuo há quinze anos na profissão, tendo trabalhado na extinta Rádio Maratan AM e na Rádio Band FM. O rádio é encantador e fascinante, é o mais puro significado de que o ser humano precisa e quer estar sempre em comunicação e sintonia com o outro, mesmo sem saber quem ele é, ou onde ele está e o que faz “comenta.
Edson diz que o rádio é uma forma sem igual de entretenimento e lazer para todas as pessoas de maneira rápida, imediata e igualitária, sem qualquer tipo de distinção entre o locutor e seu ouvinte, e na maioria das vezes, desconhecida companhia, seja em casa, no carro, ou no trabalho.
Com relação ao avanço da internet, ele acredita que o rádio nunca irá acabar, pelo contrário, a internet veio colaborar para que as rádios possam ganhar mais espaço, podendo chegar a um número ainda maior de pessoas através das suas redes, em todas as partes do mundo.
“Vivemos em um mundo plenamente globalizado virtualmente e acredito que a grande maioria das rádios conseguiu “surfar” por essas ondas com muita destreza, porém é preciso estar sempre atualizado e se renovando todos os dias, pois assim como uma rádio pode ir longe pela internet os seus ouvintes também podem fazer isso, causando então o aumento da concorrência” pontuou.
Sebastião Muniz
Trabalhando há 32 anos no rádio, ele conta que desde criança tinha o sonho de se tornar radialista, e narrar futebol. Ele relata que possuía um gravador, marca Philco e levava ele para a quadra da Brigada Militar, as pessoas diziam que ele era muito sonhador e que como era apaixonado por rádio, se um dia trabalhasse na área, iria enlouquecer.
“Terminava os jogos na quadra e eu fazia as entrevistas com os meus colegas de infância, que jogavam futebol no fim da tarde, depois eu ia para casa, colocava em uma caixa de som as gravações a todo volume, fazendo com que muitas vezes os vizinhos acabassem reclamando do som alto” explanou.
Sebastião Muniz trabalhava no comércio, mais precisamente na loja Quilojão e, um dia, um dos gerentes da Rádio Maratan AM contou para o radialista Antônio Lima de Alegrete, que havia um jovem que gostava muito de rádio e gostaria de trabalhar na emissora.
“O Antônio de Lima me chamou e perguntou se eu gostaria de fazer um treinamento na Maratan, na época como repórter, para transmitir os jogos do 14 de Julho. Me animei e comecei a realizar os testes com o finado Silvio Renato, nós treinávamos todos os dias”, contou.
Relembrando alguns de seus momentos, Sebastião conta que um dia surgiu a oportunidade de transmitir os jogos do Grêmio Santanense, momento que iria estrear como repórter, com o tempo ele começou a aprender e realizou várias outras transmissões em várias cidades do Rio Grande do Sul.
“Durante anos transmiti os jogos 14 de julho, sendo um deles que foi realizado em Vacaria, porém eu e meus colegas não sabíamos como chegava na cidade, neste momento o meu colega perguntou para um conhecido como se chegava em Vacaria e conseguiu um xerox do trajeto de Livramento a Vacaria e nós íamos olhando no mapa, até chegarmos na cidade” comenta.
Sobre os avanços da internet, o radialista acredita que o rádio jamais vai acabar, porque presta um serviço no mundo inteiro, com as tecnologias de som, de equipamento, microfone, os próprios aplicativos que transmitem a rádio, desta forma, é possível falar aqui em Livramento e, no outro lado do mundo, já estarem escutando. Sebastião já trabalhou em diversas rádios como a Maratan, Querência, Cultura, Rcc e Líder Fm, além de possuir o curso de operador de rádio.
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