Comissão organizadora do 7º Fronte(i)ra faz avaliação do evento

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O 7º Fronte(i)ra- Festival Binacional de Enogastronomia encerrou sendo reconhecido como um evento de grande sucesso, tanto de público, quanto de atividades desenvolvidas, já que no período de 27 ao 30 de julho, o Parque Internacional sediou uma série de eventos gastronômicos como feiras de produtos locais, degustações de azeites, queijos, vinhos e pães, concursos de pratos à base de cordeiro, Encontro “Cozinheiras de Memórias” e fóruns binacionais com as instituições de ensino do Brasil e Uruguai. O encerramento, mais uma vez, foi marcado pelo “A Ferro e Fogo”, comandado pelo chef Marcos Livi que, junto a 30 chefs de cozinha apresentaram para as quase duas mil pessoas presentes, o melhor da gastronomia fronteiriça, destacando carnes como ovino, bovino, javali e búfala, uma das novidades que chamou atenção do público. Os shows musicais também foram o grande destaque nesta edição.

Nesta semana, a curadora do evento, Jussara Dutra, acompanhada de representantes das universidades, Intendência e Prefeitura, realizou uma coletiva de imprensa, como forma de avaliar o evento.

Jussara destacou que esta foi a maior das edições, com recorde de público, diversidade de atividades, programações atrativas e com grande participação da comunidade e turistas.

“O festival é um evento que procura mostrar que, além do turismo de compras, existem diversos atrativos na Fronteira que devem ser, cada vez mais, lapidados e mostrados. Além de ser uma celebração da vida comunitária, o evento é uma festa de integração cultural entre Brasil e Uruguai, e isso ficou muito evidenciado, principalmente no último dia”, frisou.

 

Seminário de avaliação

Jussara Dutra anunciou que nos dias 12 e 13 de setembro, na Unipampa, será realizado um seminário de avaliação do evento, com a presença de todos os envolvidos na organização do 7º Fronte(i)ra. O seminário terá como foco principal a análise de todas as atividades, os pontos positivos e o que precisa ser alterado, e já começar a organizar a oitava edição, a qual deverá ser realizada nos primeiros dias de agosto de 2023.

“Para a rede hoteleira e setor turístico é importante que o evento não aconteça em julho, pois é um período em que estes segmentos recebem um grande público em razão das férias. Neste sentido precisamos colaborar, por isso estamos avaliando a mudança na data, como já aconteceu em outra oportunidade”, explicou.

Durante o seminário de avaliação, será aberto espaço para participação da imprensa, momento este em que será apresentada a pesquisa desenvolvida pela Unipampa durante o Festival de Enogastronomia.

“Vamos avaliar todos os eventos, inclusive o A Ferro e Fogo, pois o Marcos Livi já fez uma provocação para ampliar o público na próxima edição. Isso é um desafio, mas também uma responsabilidade nossa, porque precisamos atender todas as pessoas. Este é um evento construído por muitas mãos, são 32 entidades envolvidas e temos que abrir espaço para que todos possam participar e avaliar”, pontuou.

 

O Festival na visão dos organizadores

 

Graciela Posada

Empresária e integrante da comissão organizadora

“O evento foi muito bom, pois envolveu as universidades e institutos de ensino da nossa Fronteira. É muito importante que os alunos se envolvam, como mostra a participação deles nos fóruns”, destacou.

Graciela Posada acredita que este foi um dos maiores eventos culturais de nossa comunidade, apresentando dados como o maior número de público de todas as edições; as feiras sendo muito visitadas; os produtos em exposição com qualidade, bem como os vinhos da campanha e os azeites de oliva.

“Todos os itens muito bem aceitos pelas pessoas que prestigiaram. As atrações apresentadas, oitenta por cento de forma gratuita, estiveram à altura do nível do Festival. O concurso de cordeiro envolveu as melhores universidades de gastronomia, sendo um espetáculo à parte. A cereja do bolo foi o “A Ferro e Fogo”, porque sintetizou o que de melhor existe nesta fronteira: a integração dos dois países, inclusive o espaço físico ocupado para a realização deste evento, foi na linha divisória imaginária que separa as duas nações.  Para culminar, o evento foi agraciado com a presença do nosso Vice-Presidente, Gen. Hamilton Mourão. Assim, nossa fronteira está de parabéns, pois somos e sempre seremos moradores da Fronteira da Paz”, concluiu.

 

Santiago Altivo Esteves

Coordenador do Ministério de Turismo e integrante da comissão organizadora

“Para nós do Ministério de Turismo do Uruguai, o turismo enogastronômico é um produto muito importante, principalmente neste período pós pandemia, pois entendemos que este produto, de alguma maneira, será um motor que impulsionará a recuperação do segmento de turismo, e por isso damos muita importância a isso”, destacou.

Santiago Esteves disse que, neste contexto, o Ministério de comprometeu a integrar a organização do Festival de Enogastronomia, por acreditar que a Fronteira necessitava de um evento neste âmbito.

“A avaliação é muito positiva, estamos muito contentes com o festival, pois mostrou o melhor de nossa cultura, de nossa gastronomia, produção local e de nossos vinhos. Outro ponto foi que o evento atraiu milhares de turistas, segundo estudo da Unipampa, onde ficou evidenciado que cerca de 53% do público vieram para o Festival, fazendo com que o evento se consolide como um evento que atraia o turista”, frisou.

Segundo Santiago, nesta edição a comunidade se apropriou do Festival, e isso muito se refere a maneira como o mesmo foi organizado, incluindo distintos eventos, entidades e organizações públicas e privadas, fazendo com que todos trabalhassem juntos em prol do desenvolvimento da Fronteira. Outro destaque foi o ponto da binacionalidade, que é uma característica local e, de acordo com Santiago, precisa ser cada vez mais evidenciada. Além da realização dos fóruns acadêmicos que contaram com a integração das universidades dos dois países com a participação do Ministro do Turismo do Uruguai, Tabaré Viera, dando mais transcendência ao evento.

“O A Ferro e Fogo também foi fantástico, com a presença de autoridades do Brasil e Uruguai, marcando a importância do evento, que contou com mais de duas mil pessoas no Parque Internacional. Tudo foi muito bem organizado e deixou a todos satisfeitos. Estamos muito contentes e pensando nos detalhes que precisamos ir ajustando para a próxima edição, creio que devemos dar um salto de qualidade, incorporando mais pessoas e mais instituições”, finalizou.

 

 

Sergio Oliveira

Empresário e integrante da comissão organizadora

“Entendo que na 7ª edição do Festival, tenhamos atingido os objetivos propostos, pelo fato de que tínhamos uma ideia de fazer o evento em junho e, dentro de tudo que havíamos proposto, havia LIC, Rouanet e uma série de buscas por recursos para fazer o evento em um patamar maior. Porém no início do ano, surgiu a Ômicron, e ficamos muito preocupados por não saber se teríamos condições de realizar o evento, demos uma freada e, com a liberação dos eventos resolvemos coloca-lo em prática. Passamos por muitos processos, mas o evento conseguiu atender os objetivos dentro de nossas hipóteses, conseguimos atender grande parte dos objetivos e a população que participou ficou satisfeita”, destacou.

Sergio Oliveira disse que, na visão de quem trabalha nos bastidores e na organização, existem algumas coisas a serem melhoradas, as quais serão reparadas na próxima edição.

“Ao atingirmos, mais de 53% do público presente de turistas, acredito que já tenhamos dado um passo bem largo para montar um evento que venha a transformar economicamente a situação da Fronteira, haja vista que os hotéis e restaurantes estavam cheios, movimentando o ciclo econômico de Livramento e Rivera, o que para nós é muito importante, porque o objetivo proposto também é trazer o turista para a Fronteira”, discorreu.

De acordo com Sérgio, o espaço para as feiras também precisa ser melhorado para as próximas edições, organizando de uma melhor forma também as degustações, o concurso de pratos e o próprio A Ferro e Fogo, evitando o acúmulo de pessoas.

Analisando o evento como um todo, Sergio Oliveira classifica o mesmo como muito positivo, um festival grande que agradou a todos que estiveram presentes, de acordo com o feedback recebido.

“A população e os turistas que se preparem para a 8ª edição, a qual acredito que deverá ocorrer nos primeiros dias de agosto, pois estaremos realizando uma grande festa, marcando mais ainda o posicionamento da culinária da Fronteira. Até 2023, até a grande 8ª edição do grande Festival de Enogastronomia”, finalizou.

 

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