Saldo da dengue na cidade é de 3 positivos e 5 suspeitos até o momento

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Após vários casos suspeitos de dengue deixarem as autoridades sanitárias em alerta na cidade, essa semana foram confirmados 3 casos positivos da doença, sendo estes classificados como importados, sendo um de São Paulo e dois de Goiás. Além destes positivos, as equipes da Vigilância Ambiental em Saúde aguardam o resultado dos exames de cinco casos suspeitos da doença. A confirmação destes casos, fez com que as autoridades sanitárias intensificassem mais as ações de combate ao Aedes Aegypti, mosquito transmissor da Dengue.

De acordo com o supervisor da Vigilância Ambiental em Saúde, Fellype Belmonte Moraes, a cidade está infestada para o mosquito, registrando a presença do mesmo em todos os bairros.

Até o momento, já foram encontrados no Município 386 focos positivos, mais 56 amostras em análise no laboratório.

“Quando o agente de endemias encontra o foco, ele faz a coleta das amostras e elimina o foco. Então é uma contagem de quantos focos foram encontrados, não significando que tenhamos todos ao mesmo tempo, porém em toda cidade já foram coletadas amostras”, frisou.

Fellype conversou com a reportagem do Correio do Pampa também sobre os casos confirmados e as ações adotadas pela vigilância.

 

CPAMPA: A Vigilância Ambiental confirma estes 3 casos positivos na cidade? De que forma se deu esse resultado?

Fellype: “Sim. Os casos são importados, a Vigilância Ambiental em Saúde foi notificada pela Vigilância Epidemiológica e confirmou que dois positivos vieram de Goiás e são da mesma família, já o terceiro positivo é uma pessoa de São Paulo. Perante estas informações, os casos vieram de fora do Município e só notificados no momento como suspeitos, ou confirmados no momento da notificação, sendo confirmados pelos resultados dos exames”.

 

CPAMPA: A partir da confirmação, quais as medidas adotadas? Os contatos estão sendo monitorados? E a área será desinfetada?

Fellype: “Diante de uma suspeita de dengue é realizado pela Vigilância Ambiental em Saúde o PVE-Pesquisa Vetorial Estratégica, que é a realização de visitas domiciliares em um raio de 150 metros do local onde a pessoa com suspeita de dengue está residindo.  Visita-se os domiciliados alertando da situação, coletando e eliminando os focos encontrados. Após esta ação, as amostras são encaminhadas para o laboratório que irá informar posteriormente se as amostras são do Aedes Aegypti. Porém, com o aumento de casos suspeitos, por determinação e orientação da 10a CRS-Alegrete, de agora em diante até segunda ordem, casos suspeitos terão a ação de PVE e a aplicação UBV de veneno para exterminar os mosquitos existentes na área”.

 

CPAMPA: Estes confirmados estão em casa? Quais os cuidados com eles?

Fellype: “As pessoas são informadas do perigo de contágio e são orientadas a ficar em isolamento, mas nesta parte é a Vigilância Epidemiológica que atua. De maneira geral é pedido que se resguarde de saídas por qualquer motivo pelos primeiros 7 dias, que é o período em que a pessoa pode transmitir para o mosquito o vírus.  Indispensável o uso de repelente, peças de roupas que cubram o corpo, manter fechada ou com telas janelas e portas”.

 

CPAMPA: Esses casos são importados, mas há risco de transmissão na cidade?

Fellype: “Sempre há o risco. Caso haja o descumprimento das orientações, ou por algum motivo externo.  Exemplo: a não realização do PVE em tempo hábil por motivo de chuva, ou o tempo que demora para a realização das análises laboratoriais e o possível descaso da pessoa infectada. Tudo isso gera um tempo maior para aplicação do veneno, disponibilizando mais tempo para o mosquito picar a pessoa e infectar-se e assim seguir transmitindo o vírus. Até o momento estamos com sucesso nas ações”.

 

CPAMPA: Existem mais casos em análise?

Fellype: “Temos mais cinco casos suspeitos. Estão em análise”.

 

CPAMPA: Como a dengue vem sendo tratada no Município?

Fellype: “A vigilância por parte da Vigilância Ambiental em Saúde nunca parou. Nem em pandemia do Covid. Nossas ações seguiram sendo desenvolvidas e até aumentaram. Hoje temos coletas de pneus que é um dos principais locais para depósitos de ovos dos mosquitos.  Voltamos a realizar pesquisa larvária. Temos um setor de reclamação para denúncias de locais com acúmulo de lixo, pneus, sucatas etc. O que houve foi uma despreocupação com a dengue devido a pandemia do Covid, e este fato acelerou a proliferação do mosquito em nossa cidade que hoje está presente em todos os bairros”.

 

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