Produtores já contabilizam perdas superiores a 50% este ano

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Desde o início do verão a estiagem provocada pela falta de chuva vem causando muitos prejuízos aos produtores, principalmente às lavouras de soja e milho. Como se não bastasse, os campos ainda sofrem com as frequentes queimadas, contabilizando até o momento, mais de 5000 mil hectares de terra devastadas por incêndios. Esse fator ocasiona perda da produtividade do rebanho bovino, pois, além da falta de pastagem, com a seca as fêmeas não entram no cio e não pegam cria, repercutindo diretamente no número de animais que deixarão de nascer e a diminuição da criação de bovinos.

Nas lavouras, a estimativa de perda varia entre 30% e 40% na soja e atinge o índice de 80% de perdas nas plantações de milho. A bacia leiteira também vem sofrendo com a escassez de chuvas, registrando queda de aproximadamente 31%.

Por conta da estiagem, até o momento, 358 municípios decretaram situação de emergência. Destes, 255 tiveram seus decretos homologados pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul e 162 tiveram reconhecimento pela União. A Defesa Civil de Livramento encaminhou decreto para o Estado e aguarda homologação.

Criação de brigada aérea é alternativa para combater incêndios em campos na Fronteira-Oeste

Essa semana a Associação Santanense dos Engenheiros Agrônomos, através do presidente Jorge Rocha, articulou reunião para discutir a criação de brigadas aéreas para combate de incêndios em áreas de campos nativos na região da Fronteira Oeste, utilizando pequenos aviões agrícolas na ação.

A reunião contou com a participação do vereador líder de governo, Maurício Galo del Fabro, do comando da brigada Militar, Corpo de Bombeiros, Associação da Aviação Civil Agrícola, Sindicato Rural, do prefeito em exercício Evandro Gutebier, da coordenação da APA e do presidente do Sindag- Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola, Gabriel Colle, que informou que a instituição conta atualmente com 207 empresas associadas em 18 estados, e 07 empresas com drones de pulverização.

Desde o início de 2022, as queimadas recorrentes das altas temperaturas e a falta de chuva regular, vem prejudicando tanto os produtores da região que apresentam perdas de áreas, estruturas danificadas como cercas e porteiras, a até a morte de animais que foram atingidos pelo fogo.

Estimando-se um agravamento da estiagem para os próximos anos a ideia é fazer um planejamento de logística para aviação, com pistas, pilotos, treinamentos, qualificação, capacitação e fazer uma política de prevenção e conscientização para que não ocorra incêndios nestas regiões. O assunto, inclusive, já tramita no Senado, através do PL 4629/20, de autoria do senador Carlos Fávaro, que dispõe sobre este tema.

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