Presidente da Câmara fala sobre gastos com diárias
Os gastos com diárias pelos vereadores foi assunto nos últimos dias na cidade, após ser divulgado pela imprensa local os valores utilizados pelos parlamentares durante os primeiros seis meses de mandato.
Em conversa com a reportagem do Correio do Pampa, o presidente do Legislativo, vereador Aquiles Pires, disse que existe um acordo entre os parlamentares para que não sejam utilizadas mais do que três diárias por mês, porém, obedecendo este limite, o presidente não tem como vedar a retirada de diária, já que, tanto no Poder Legislativo quanto no Executivo, existe um orçamento previsto para esta despesa.
“A diária faz parte do mandato do vereador e cada um é responsável pelo valor que utiliza. É necessário também que seja feito um balanço entre o valor gasto e o que já foi conseguido de recursos para a cidade. No meu caso, por exemplo, como presidente cumpro algumas funções fora da cidade que são inerentes ao cargo, não estou entre os primeiros nos gastos em diárias, mas em contrapartida consegui, em duas emendas, R$1,1 milhão em investimentos no Município”, explicou.
Aquiles Pires disse que existe um apontamento do Tribunal de Contas proibindo as viagens durante a noite e madrugada, fazendo com que seja necessário permanecer por mais tempo fora descontando o dia perdido na estrada.
“Nossa cidade é muito longe da capital e isso também precisa ser levado em consideração. Muitas reuniões ocorrem em Porto Alegre, não sendo possível ir e vir no mesmo dia”, finalizou.
Vereador de Camaquã propõem fim das diárias dos parlamentares
A mesa diretora da Câmara Municipal de Camaquã criou um projeto para proibir a utilização de diárias para cidades que estejam localizadas a 100km do Município, não incluindo no documento a utilização do recurso para viagens à capital, localizada a 120km de Camaquã.
Como a mesa diretora é a única que pode alterar remunerações e indenizações, o vereador Vitor Azambuja propôs o fim das diárias dos vereadores, indo de encontro com o que havia prometido durante a última campanha eleitoral.
“Como não sou mesa diretora não posso protocolar um projeto neste sentido, mas fui publicamente propor ao presidente para acabar com as diárias. No meu entendimento, ao contrário dos assessores e servidores, os vereadores não recebem salários, mas sim subsídios para custear os gastos do mandato. Vereador não precisa bater ponto, podendo trabalhar na sua profissão de origem, estando presente apenas durante as sessões, por isso o subsídio que recebe pode ser usado para diárias. Não faço uso de diárias, pago passagens, gastos com hotel e alimentação com o meu dinheiro”, explicou.
Vitor Azambuja acredita que a Câmara de Camaquã, conhecida pela economicidade, pode se tornar ainda mais econômica, e Livramento pode seguir no mesmo sentido, fazendo com que os vereadores utilizem os subsídios recebidos para custear os gastos com o mandato.
“Na minha opinião, diária é um privilégio da classe política que também é imoral”, finalizou.
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