Vereadores Thomaz Guilherme e Jovani Romarinho opinam sobre a abertura do processo de impeachment

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Na terça-feira (26), foi realizado mais um episódio do programa “Roda de Conversa”, transmitido pela página do Correio do Pampa e que contou com a presença dos vereadores Thomaz Guilherme (PTB) e Jovani Romarinho (Republicanos), ambos contrários à abertura do processo de impeachment contra a prefeita Ana Tarouco.

Iniciando sua participação, o vereador Thomaz Guilherme destacou que não esperava, em seu primeiro mandato, em 10 meses enfrentar esta situação, ressaltando que seu posicionamento se deu em razão de não concordar com o pedido e por não ter feito uma análise da documentação apresentada pelo denunciante.

“A maioria das 130 páginas do documento são compostas por prints e fotos, mas estou analisando toda a denúncia. Estou me apropriando da denúncia, analisando folha por folha e interpretando da melhor forma possível. Mas não vejo, o momento favorável para ingressar com pedido de impeachment”, frisou.

Já o vereador Jovani Romarinho disse que, só votaria no impeachment de um gestor público por suspeita de crime financeiro, de desvio de verbas públicas.

“Fui um dos primeiros a criticar a tomada de decisão, critiquei a participação da fanfarra em outras gestões, e acredito que existem outras formas de comemorar o aniversário do hospital”, frisou Romarinho.

O vereador Jovani Romarinho destacou que não esperava que a bancada do PT e do PSB votassem a favor da abertura do processo de impeachment, pelas histórias e representatividade que a ex-presidente Dilma Roussef e a ex-vice-prefeita Mari Machado significam para as bancadas, respectivamente.

Questionado sobre a posição do PTB na votação da abertura do processo de impeachment, o vereador Thomaz Guilherme explicou que, desde a eleição, sempre mantém conversa com o vereador Lídio Mendes, destacando que existe um alinhamento entre ambos, mas neste momento, estão analisando os documentos para, após tirarem suas conclusões, e que a votação ocorreu com base no posicionamento de cada um no momento.

Sobre já ter conversado com o Executivo sobre o fato, o legislador Romarinho disse que participou de uma reunião que não teve o assunto em questão como tema principal, mas que irá marcar uma reunião com a prefeita para conversar sobre o processo.

 

As consequências políticas do impeachment

Durante a conversa, ambos vereadores disseram acreditar em uma mudança política, com mais aproximação entre os poderes Executivo e Legislativo.

O vereador Jovani Romarinho disse que, talvez a abertura do processo faça com que o Governo comece a adotar uma postura diferenciada.

“Precisamos ter governabilidade, precisamos trazer a comunidade para dentro da gestão. O processo mexe na estrutura, muda alguns horizontes, mas temos que nos alinhar no que a mandatária se prepôs a fazer”, discorreu Romarinho.

Thomaz Guilherme disse que, desde o início do ano deveria ter existido mais diálogo entre os poderes, com uma maior aproximação de todos os parlamentares, o que, a partir de agora, deverá acontecer.

“A articulação política de governo é fraca, concordo que o chefe do Executivo deve ir para a Câmara conversar com os Legisladores. Acredito que isso será corrigido pelo Governo e que este não será o primeiro processo de impeachment que enfrentaremos”, frisou Romarinho.

“Precisamos estar tranquilos para tomar uma posição coerente, analisar todo o processo. Sempre devemos escutar os dois lados, comparar as informações para, após, tomar as posições”, pontuou Thomaz.

 

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