UERGS realiza curso sobre o combate à violência contra crianças e adolescentes.

Nesta quinta-feira (18), a reportagem do Correio do Pampa conversou com Marta Torres a respeito do curso sobre a Atuação em Rede no Enfrentamento da Violência contra Crianças e Adolescentes, que está sendo realizado de forma EAD com aulas assíncronas. O curso é organizado pela UERGS, Prefeitura Municipal de Santana do Livramento, GT de enfrentamento à violência sexual, e pelo Fórum Binacional de Enfrentamento à Violência de Gênero.

Marta relata que o curso tem 50 horas e o público alvo são todos os profissionais da educação, das redes municipais, estaduais e privadas. Além também dos profissionais da Assistência Social, saúde, do Conselho de Direito da Criança e do Adolescente e Conselho Tutelar. Ela conta que o movimento de meninas e meninos de rua e representantes da UNAMBUS participam do GT que é coordenado por Cassiane Costa, juntamente com outros profissionais da saúde.

As inscrições foram realizadas no dia 8 de agosto, e o curso iniciou as aulas no dia 16 de agosto e irá até ao dia 23 de outubro. Segundo ela o curso é constituído em 5 módulos e cada módulo é divido em vários temas, abordados por várias pessoas que trabalham com crianças e adolescentes.

-Módulo 1, violência sexual contra crianças e adolescentes, aspectos gerais.

-Módulo 2, violência sexual contra crianças e adolescentes, aspectos legais.

-Módulo 3, violência sexual contra crianças e adolescentes, olhares a partir da psicologia e da assistência social.

-Módulo 4, é educação da sexualidade, relacionada com a educação

-Módulo 5, violência sexual contra crianças e adolescentes, questões da área da saúde.

Ela fala que o curso é importante, porque quanto mais pessoas participarem de cursos deste tipo que tragam informações sobre o abuso e exploração sexual, existirá melhores condições de trabalhar na rede de proteção, que é uma rede criada a partir do ECA e participam todos os profissionais que de uma forma ou de outra fazem o trabalho de atendimento a crianças nesta condição de violência.

“A rede é fundamental, porque como se trata de um assunto tão complexo que envolve a criança, que é vítima, também acaba envolvendo muitos elementos da sociedade, como a família. Outro elemento da complexidade desse tema, é porque o abuso acontece muito no espaço privado, então é complexo o trabalho de investigação, e também acaba sendo complexo o trabalho de tratamento da própria vítima, já que são vários profissionais envolvidos” comenta.

Segundo ela é preciso montar uma rede para interferir o menos possível no emocional da criança, fazendo com que amenize o problema para ela. Para as pessoas que trabalham com crianças e adolescentes diretamente, um dos aspectos mais importantes do curso é que o profissional acaba aprendendo a identificar sinais de abuso, através do comportamento da criança e assim poderá encaminhar a denúncia para os órgãos que depois farão a continuidade do trabalho.