Turistas retornam à Fronteira aos fins de semana

Expectativa é de que fluxo de visitantes aumente com a ampliação das campanhas de vacinação
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Após vários meses com queda na vinda de turistas para a Fronteira, a rede hoteleira e os comércios locais começam a respirar aliviados, pois aproximadamente há um mês, é notório o aumento no fluxo de turistas na cidade.

Mesmo que a maioria dos visitantes ainda esteja com foco nas compras na vizinha cidade de Rivera, há aqueles que rotineiramente chegam à nossa cidade com a intenção de desfrutar momentos com a família. Estes utilizam a rede hoteleira local para hospedagem e assim, colaboram para que o setor volte a apresentar crescimento, após as baixas geradas pela pandemia.

A reportagem do Correio do Pampa conversou com empresários ligados à rede hoteleira de Livramento e também ligados aos free shops da cidade de Rivera, a fim de saber como os mesmos enfrentaram o pior momento da pandemia e como está sendo a retomada das atividades.

 

João Gabriel Hillal

CEO do Emirates e Amsterland

João Gabriel Hillal destaca que o setor de eventos e turismo foram os mais prejudicados pelas restrições dos governos Federal, Estadual e Municipal durante a pandemia, e que apesar de todos terem sofrido financeiramente, a pandemia  tem sido um aprendizado em como se manter e sobreviver nos negócios e em como resolver problemas sérios.

“Graças a Deus nós do grupo de hotéis e Amsterland obtivemos êxito em 90% das negociações. Foi um momento difícil que ninguém esperava, mas estamos conseguindo superar”, frisou.

Quanto à retomada das atividades, o empresário explicou que, uma questão é a retomada das atividades apenas por decreto, com atendimento para poucas pessoas e com baixo índice de ocupação, como aconteceu com a rede hoteleira. Outra questão é a retomada para as termas, a qual permaneceu com as atividades suspensas por um ano e meio. João Gabriel disse que há aproximadamente 30 dias estão retomando o trabalho com público, turistas e executivos que vêm a trabalho, aproveitando os fins de semana que o turismo de compras está fortalecido.

Quanto às medidas de segurança para funcionários e clientes, João Gabriel disse que foram realizados treinamentos com as equipes de camareiras, além do fornecimento de equipamentos de proteção individual, além de manter o distanciamento social. Já no parque termal existe o cadastramento do público com registro do local de origem, sendo que estes dados ficam à disposição da Vigilância Sanitária.

Em comparação ao mês de fevereiro de 2020, João Gabriel explica que ainda contam com uma taxa de ocupação baixa, apresentando aumento por enquanto aos fins de semana. “Há uma previsão de retomada nas ocupações em meados de outubro ou novembro em decorrência do aumento no número de vacinações. O turismo doméstico, de curta distância, será retomado mais forte do que o executivo, que aprendeu a trabalhar a distância. O turismo de lazer e o doméstico com famílias e grupos de amigos é que vai nos fortalecer”, finalizou.

 

Daniel Peralta Jequis e Cláudia Hilal Jequis

Proprietários do Confort Fronteira Hotel

De acordo com os proprietários Daniel e Claudia Jequis, enfrentar a pandemia foi um momento desafiador, que conseguiram passar, retomando gradativamente os serviços.

“Graças a Deus conseguimos passar por tudo. Estamos com uma expectativa bem grande devido à vacinação da população”, destacaram.

Quanto às medidas de segurança adotadas pelo hotel para garantir a segurança de hóspedes e funcionários, os empresários disseram que o local passa por frequente higienização em todos os ambientes, e todos os funcionários utilizam equipamento de proteção individual.

Atualmente o Confort Fronteira Hotel está com um aumento de 50% nas hospedagens e conforme o casal proprietário Daniel e Claudia Jequis, existe uma expectativa de crescimento maior ainda para o setor.

 

José Yury Borges Silveira

Proprietário do Yuri Free Shop

 Yury Silveira destaca que a pandemia foi um processo de aprendizagem, de novos hábitos, em manter a distância, apesar da relação muito próxima que mantém com os clientes. Para o empresário, além da distância, também foi preciso acostumar-se com a utilização frequente do álcool em gel e uso de máscaras, sempre cuidando para que clientes e funcionários mantivessem estes hábitos.

Para driblar a baixa dos turistas, Yury Silveira explicou que foi necessário reduzir os funcionários, colocando alguns no seguro ou liberando licenças. Antes da pandemia, o free shop mantinha uma média de 30 funcionários, sendo que no começo da pandemia esse índice sofreu queda, ficando em menos da metade, pois não estavam chegando turistas e os custos seguiam aumentando.

“Foi muito difícil para nós, porque com um número reduzido de funcionários não tínhamos como revezar em caso de doença ou algum outro problema. No começo enfrentamos dois meses de portas fechadas que foram muito difíceis e, além disso, para que conseguíssemos atender nossos clientes aumentamos o horário de atendimento, trabalhando alguns horários pela parte da noite, dessa forma foi possível atender os clientes que vem exclusivamente comprar em nossas lojas”, discorreu.

Para conseguir atender todas as vendas durante a pandemia, Yury conta que muitas vezes, com o auxílio das filhas, precisou fazer mais horários de trabalho, em alguns momentos tendo que abrir antes do horário e fechar depois.

De acordo com Yury Silveira, como muitos artigos ficaram parados nas gôndolas, foram feitas promoções com redução de preços para atrair os clientes. Também estão sendo realizadas muitas vendas por telefone, neste momento o empresário está utilizando das redes sociais, carro som e outras formas de atrair mais consumidores e assim, alavancar as vendas.

“O movimento atualmente está bom, um pouco devido ao câmbio, pois estamos com o dólar a US$5 e isso nos ajuda muito. Também porque o pessoal ficou um tempo sem gastar e agora está voltando a adquirir produtos”, pontuou.

Para finalizar, Yury Silveira destacou que, como no mês de julho é o mês que pagam o décimo terceiro no Uruguai e por o departamento estar apresentando índices satisfatórios com relação à Covid-19, as vendas podem ser equiparadas com o mesmo período antes da pandemia.

 

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