“Temos que salvar empresas e empregos. O futuro só depende de nós”

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O Presidente do Sindilojas, Sergio Oliveira, tem uma história de vida voltada para a defesa da classe empresarial, com reflexos em todos os demais setores.  Ele tentou, em um determinado momento, ingressar na política, mas acabou recuando. De volta às suas origens, tem dedicado seu tempo na defesa dos empreendedores que atuam no setor de comércio, buscando alternativas para de desenvolvimento.

Confira sua posição sobre diversos assuntos.

 CP: Ômicron em alta, desemprego, inflação e custo de vida nas alturas… para onde estamos indo?

Sergio: “Apesar de o preço em si ser igual para todo mundo, o tamanho do impacto dos aumentos varia para cada família, depende dos grupos de produtos que elas costumam consumir e quanto do orçamento delas esses itens representam. Em dois anos de pandemia (março de 2020 a fevereiro de 2022), a inflação sentida pelas famílias brasileiras mais pobres foi terrível.

Especialistas esperam que 2022 seja marcado ainda por dificuldades para a economia brasileira, portanto, penso que a qualificação da mão de obra seja fundamental para que o cenário seja mudado. Um bom ritmo de crescimento da produtividade é um elemento-chave para conseguirmos alcançar a renda dos países mais desenvolvidos, lembrando que os ganhos operacionais em qualquer empresa impulsionam diretamente margem, rentabilidade e, por consequência, desenvolvimento econômico, ajudando a salvar empresas e empregos. O futuro só depende de nós”.

CP: Como os comerciantes estão enfrentando todas estas dificuldades?

Sergio: “Entre os empreendedores, a percepção de que as coisas podem piorar ainda persiste. Para enfrentar o momento, o comerciante tem se dedicado mais ao consumidor final e ressalta a importância de medidas que garantam renda à população. Hoje em dia não dá para vender só para o cliente que vai na loja. As pessoas estão saindo menos, é necessário que se fortaleça um trabalho muito efetivo com as redes sociais”.

CP: O Sindilojas tem alternativas a propor como forma de mudar a realidade?

Sergio: “Mudar a realidade não, o Sindilojas não o fará, mas sem dúvidas que estamos trabalhando muito junto a Fecomércio e a CNC (Confederação Nacional do Comércio) buscando alternativas em parcerias visando o fortalecimento dessas Empresas que geram muitos empregos e renda para a nossa região de Fronteira. Estamos oferecendo cursos, constante contato com bancos para ver a melhor forma de crédito, atuando junto aos governos e legislativo para fomentar melhores alternativas no desenvolvimento e soluções para dívidas tributárias”.

CP: Por que não houve interesse na abertura de Freeshops em Livramento?

Sergio: “Desde  2009 estivemos em várias oportunidades participando de audiências públicas em Porto Alegre, Brasília, Foz do Iguaçu, enfim, várias cidades do Brasil tratando sobre a similaridade que tanto queríamos com os freeshops Uruguaios, tinha-se  como certo que seria um dos melhores formatos de geração de emprego e renda com a vinda de turistas para nossa cidade, melhorando todas as cadeias produtivas. Ocorre que em determinado momento houveram mudanças no sistema original por parte do governo, entendendo que dessa forma para Livramento, que tem em Rivera uma concentração de lojas, tornou o processo de expectativa.  Muito embora já se tenha a notícia de que em breve teremos duas lojas sendo instaladas em Livramento”.

CP: Como o aumento de 33,82% no IPTU vai ser absorvido pelos empresários?

Sergio: “Ainda temos a esperança de que esse absurdo não será permitido pela justiça, uma vez que o Sindilojas está ajuizando ação para suspender esse reajuste”.

CP: Você mantém otimismo em relação ao futuro de Livramento?

Sergio: “Sempre acreditei em Livramento e no seu povo, sou muito otimista, pelo fato de que já vivenciamos muitas crises nesta Fronteira e de forma tenaz conseguimos superá-las.  O comércio aposta que aquela fase de fechar ou reduzir horários já esteja superada, mesmo com as ameaças dessa nova variante. Acredito que a estratégia sanitária agora seja diferente e, mesmo que 2022 não seja um ano brilhante, que pelo menos cada um possa trabalhar com mais tranquilidade para recuperar tudo que perdeu na pandemia”.

 

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