Santanense concluiu Doutorado em Medicina
O médico santanense Marcelo Cardoso Barros, na terça-feira, dia 22, após quatro anos de estudos e pesquisas, apresentou sua Tese de “Doutorado em Medicina” na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, PUC-RS.
Sua defesa foi acompanhada por profissionais altamente qualificados. Um professor estava em Manchester-UK, outro na Flórida-USA e um terceiro na PUC, em Porto Alegre.
A área de concentração foi “Clínica Médica” e sua linha de pesquisa versou sobre “imagem funcional e molecular do corpo”, tendo como professor orientador, Brune Hochhegger. Em função de seus estudos e do conhecimento adquirido, passa a contribuir com técnicas de imagem e diagnóstico de doenças torácicas.
A tese foi publicada no jornal Of Thoracic imaging 2021, referência internacional na área.
O título de Doutor em Medicina foi comemorado por amigos e familiares de Marcelo, ele que tem em seu pai, Rubens Barros, uma fonte de inspiração, tendo prosseguido a mesma especialidade, bem como sua irmã, Natália Barros, na área de diagnósticos por imagem, sendo sócios do Instituto Hugolino Andrade.
ENTREVISTA
Correio do Pampa: Qual foi sua linha de pesquisa?
Marcelo Barros: “Imagem funcional e molecular do corpo. Estudo observacional, de coorte e retrospectivo, com 306 pacientes. Nós analisamos por um software os exames de tomografia e espirometria de todos os pacientes. O estudo demorou, entre coleta de dados, análises estatísticas e tabulação dos resultados, cerca de três anos, e um ano para a elaboração da tese e do artigo científico”.
Correio do Pampa: Como foi conciliar família, trabalho e doutorado?
Marcelo Barros: “Certamente esta foi a parte mais difícil. Quando fiz o mestrado eu já imaginava que um dia faria o doutorado, de modo que as aulas e atividades acadêmicas eu fui antecipando e guardando como créditos futuros. Mas chega um período do doutorado que é impossível não ter de estudar no fim-de-semana, na madrugada, mas faz parte da caminhada, é para todos isso. Me esforcei para estar o mais presente possível em casa, mas sei que em vários momentos estive ausente e não pude dar a atenção e o carinho que minha família merece”.
Correio do Pampa: Até que ponto esse trabalho pode melhorar a vida das pessoas?
Marcelo Barros: “Propomos a análise da tomografia computadorizada por meio de um software, como se fosse uma densitometria, onde nós extraímos um índice do pulmão normal, que fornece informações sobre o acometimento do enfisema ou fibrose nos pulmões e ajuda o médico assistente/pneumologista a planejar o tratamento mais adequado”.
Correio do Pampa: A quem você dedica esta conquista?
Marcelo Barros: “Eu dedico a conquista à minha família, pela compreensão nos momentos em que estive ausente, e pelo apoio incondicional em todas as etapas. Dedico também aos colegas médicos e professores que me ensinaram novos horizontes. Por fim, dedico aos pacientes, razão do exercício de nossa profissão”.
Correio do Pampa: Quais são os próximos passos?
Marcelo Barros: “Preciso terminar alguns trabalhos científicos que estão em andamento antes de iniciar um novo desafio”.
Conheça o histórico acadêmico de Marcelo Barros
*Residência Médica em Radiologia e Diagnóstico por Imagem no Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo, de 2006 a 2009.
*Fellowship em Ressonância Magnética e Tomografia Multislice na Rede Labs D`Or no Rio de Janeiro em 2010-2011.
*Especialização, lato sensu, em Radiologia Torácica pela PUC-RS, de 2014 a 2016.
*Mestrado em Medicina e Ciências da Saúde pela PUC-RS, de 2016 a 2018.
Professor da Faculdade de Medicina, na disciplina de Anatomia por Imagem e Radiologia, da UNISINOS, de 2019 a 2021.
*Doutorado em Medicina e Ciências da Saúde pela PUC-RS, de 2018 a 2022.
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