Santa Casa corre risco de ficar sem atendimento obstétrico

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Um problema que vem passando por várias gestões hospitalares vem se acentuando e colocando em risco o atendimento obstétrico na Santa Casa de Misericórdia, pela falta de profissionais dispostos a compor o quadro e a carga horária de plantões para atendimento das gestantes em trabalho de parto.

De acordo com Leda Marisa, diretora geral do hospital, já foram realizadas quatro reuniões para tratar sobre o assunto com todas as entidades ligadas à classe médica e com os profissionais obstetras de Livramento, sendo que o último encontro contou com a presença de representantes do Ministério Público e do Sindicato Médico, a fim de encontrar uma forma de não interromper o atendimento.

“Existem poucos profissionais desta área na cidade, e a maioria não tem interesse em contratar com o hospital para prestação de serviço de sobre aviso da maternidade. Isso nos inviabiliza, pois precisamos deste suporte médico para os partos, mesmo que tenhamos parteiras, se faz necessária a escala de obstetras”, frisou.

Por conta disso, Leda Marisa explicou que há anos, a Santa Casa conta com profissionais uruguaios e outros vindos da cidade de São Borja, porém o principal objetivo da instituição é sensibilizar os profissionais da cidade para que venham a compor a escala remunerada no hospital.

“A característica deste plantão é a necessidade de vir até o hospital várias vezes no dia, e muitos profissionais não têm essa disponibilidade. Temos em torno de 08 médicos ginecologistas, poucos atuando na área da obstetrícia e nenhum com interesse em contratar”, destacou.

Leda Marisa disse que, em média, chegam a ser realizados seis partos por dia, alguns dentro de quadros de risco e sem acompanhamento pré-natal, o que justifica a importância da presença médica.

“Queremos acreditar que vamos conseguir, de uma forma ou outra, solucionar o problema. Estamos tornando o assunto público porque precisamos que a comunidade tenha conhecimento da situação. Isso não passa por problema de gestão, possuímos recursos para a contratação, nos falta profissionais dispostos a cumprir a escala”, finalizou.

 

Convênio com universidades é uma das alternativas para o hospital

Para evitar que o hospital fique sem atendimento, Leda Marisa contou que está sendo feita uma parceria com a Universidade de Santa Maria e com a Escola Pública de Saúde, a fim de buscar médicos residentes, constituindo também, um convênio com a Unipampa, campus de Uruguaiana, para contratação de profissionais de várias áreas. Além disso, o assunto vem sendo tratado diretamente com a Coordenadoria Regional de Saúde e com a Secretaria Estadual de Saúde, a fim de que seja encontrada uma solução.

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