“Quero ser citado. Garantam o meu direito constitucional à defesa”
Após divulgação da matéria do repórter Giovani Grizotti, no programa Jornal do Almoço, na RBS TV, sobre as denúncias que envolvem o ex-prefeito Solimar Charopen Gonçalves e a OSCIP, a reportagem do Correio do Pampa conversou com Ico Charopen, a fim de saber sua opinião sobre a veiculação das denúncias.
Ico Charopen destacou que quer ser intimado, que seja citado para poder exercer seu direito constitucional à defesa, porque até o momento apenas estão falando nos autos.
“Na primeira reportagem me crucificaram porque falaram que havia sido desviado R$4 milhões, agora são R$400 mil, não sabem nem os valores. Do Divaldo existem gravações, mas sobre mim não existe nada, nem documentos, nem gravação, nada que envolva meu nome. Bloqueiam os bens de todo mundo que trabalhava comigo, dificultam a vida de todos há dois anos e não me citam, é uma falta de respeito”, frisou.
Durante a conversa, Ico Charopen frisou várias vezes o fato de nunca ter sido citado, pedindo que parem com as perseguições sem provas, porque isso acaba atingindo sua família e amigos próximos.
“Essa investigação vai ser nula, estão apresentando até contratos sem assinatura, desde quando isso tem validade. Estão massacrando uma pessoa sem finalidade nenhuma, sem provas”, discorreu.
Sobre sua defesa, Ico Charopen explicou que o advogado João Luis Vargas não está atuando no caso, e que aguarda ser citado para constituir novos advogados de defesa.
A matéria da RBS TV
A matéria veiculada no programa Jornal do Almoço, feita por Giovani Grizotti, apresentava as declarações de delação premiada referente à denúncia feita pelo Ministério Publico envolvendo o ex-prefeito de Livramento, Solimar Charopen Gonçalves e o atual prefeito de Bagé, Divaldo Lara.
Ambos são acusados de participarem de um esquema de recebimento de propinas para manter contrato com a Organização da Sociedade Civil de Interesse Público- OSCIP, Ação Sistema de Saúde, responsável por gerenciar a contratação de profissionais para a Secretaria Municipal de Educação, em Livramento, e da saúde em Bagé.
A delação
Com base na delação premiada de Giovani Collovini Martins, dono da Ação Sistema de Saúde, o caso envolve os acusados em suposto esquema de propina para que fossem mantidos contratos em ambas cidades. O Ministério Público diz que, em ambos casos, a OSCIP ajudou a preparar os editais que direcionavam as contratações.
O delator contou que o ex-prefeito de Livramento recebia R$40 mil de mesada, incluindo também como propina o aluguel de uma casa de praia, apresentando neste caso, o contrato de locação.
O Ministério Público diz ainda que o responsável pela “ponte” era o procurador jurídico da Prefeitura de Bagé, José Heitor de Souza Gularte, o qual disse que vai prestar esclarecimentos ao Poder Judiciário e que ainda não recebeu a denúncia, informando que os contratos teriam sido aprovados pelo Tribunal de Contas do Estado, sem indicação de irregularidades.
Deputado Pompeo de Mattos manifesta-se sobre o caso
Citado na reportagem por nomear o ex-prefeito de Livramento, Solimar Charopen Gonçalves como integrante de sua equipe de trabalho, o deputado Pompeo de Mattos disse, em carta, que a Câmara dos Deputados averigua toda a questão jurídica dos indicados e, por este entendimento não há nenhum impedimento legal que impeça tal nomeação, tendo em vista não haver qualquer condenação contra o ex-prefeito.
O deputado disse ainda que nunca tiveram conhecimento formal sobre as acusações que pesam contra Solimar Charopen e que, uma vez revelados os fatos, estes serão avaliados com o jurídico da Câmara dos Deputados.
“O que não podemos é fazer prejulgamento e ou condenação precipitada de quem quer que seja e o direito à ampla defesa deve ser assegurado em qualquer circunstância”, expressou Pompeo.
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