Os professores da rede municipal de ensino estão aguardando o reajuste do piso salarial de 33,24% em Estado de Greve. A decisão foi tomada no último fim semana, após uma assembleia realizada na Sala Cultural. Representantes da classe informaram que o Estado de Greve é diferente da Greve tradicional, pois não apresenta perdas aos alunos. A medida foi definida diante da não apresentação de uma proposta diferente da apresentada ao quadro geral de reajuste de 10,06%. No Estado de Greve acontece uma redução de carga horária de forma intermitente, mantendo os 30% do quadro nas escolas, que é previsto em toda a greve, independente da classe.
Os professores realizaram ações durante a semana em frente ao Palácio Moysés Viana, sede do Executivo Municipal, expondo as dificuldades estruturais encontradas em cada um dos educandários. Uma ação em frente a Escola Professor Dias, no Bairro Armour, mobilizou diversos professores e parou o trânsito da avenida Francisco Reverbel de Araújo Góes por alguns minutos, fazendo com os motoristas que circulavam pelo local, tivessem o conhecimento do impasse entre professores e secretaria.
A professora Carmem Vanusa destacou a importância de que a comunidade tenha conhecimento. “Nós estivemos durante a semana nas escolas fazendo um chamamento para a comunidade pois é importante que todos saibam o que está ocorrendo. Permanecemos como que foi votado na Câmara e não aceitamos. Queremos e exigimos o que é nosso de direito que é o piso nacional da educação”, frisou.
Já o professor Tiago Torbes explicou as motivações para a deflagração do Estado de Greve. “Deliberamos pelo estado de greve e ir ao encontro à comunidade para explicar o que está acontecendo. Para quem ainda tem dúvida, vamos mostrar que estamos em escolas que muitas vezes não tem portas, encanamentos e sequer o material didático adequado. Tudo o que tem é a com base na mobilização dos colegas, conselhos escolares e da comunidade que se organiza”, pontua.
Elisângela Duarte, secretária municipal de Educação, disse que recebe a notícia com tranquilidade e que entende que os professores estão lutando por um direito. “Desde a publicação da Lei do Piso do Magistério, em 04 de fevereiro, o executivo vem buscando alternativas para cumprir a lei, sem que o Limite Prudencial seja ultrapassado de forma que as sanções venham a engessar o município como um todo. Nós prezamos sempre pelo diálogo e respeito entre todos, tendo em vista no nosso foco principal que são os alunos e a garantia a seu direito a educação”, afirmou.
Nesta semana, a pasta enviou um ofício circular para todos os diretores de escolas do Município, solicitando uma lista nominal de todos os servidores que aderiram o Estado de Greve. Segundo o Executivo, a listagem é para verificar quantos servidores estão participando.
Próximas atividades programadas:
25 de abril – mobilização na Praça General Osório na manhã e tarde. Associação ao Sindicato. Entrega por escrito das demandas de cada escola. Solicitação de agenda com a prefeita.
26 de abril – trabalho regular nas escolas urbanas e do campo, com atenção para escolas que também farão manifestações em suas comunidades, conforme agenda própria.
27 de abril – mobilização na Praça General Osório na manhã e tarde. Encaminhamento das demandas das escolas aos órgãos competentes.
28 de abril – trabalho regular nas escolas urbanas e do campo, com atenção para escolas que também farão manifestações em suas comunidades, conforme agenda própria.
29 de abril – mobilização na Praça General Osório na manhã e tarde. Levantamento das demandas e programação do Estado de Greve para seguinte semana.
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