Prefeita Ana Tarouco fala sobre os seus primeiros dias de mandato

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Após a posse, realizada na sexta-feira, 1º, na Câmara de Vereadores e posteriormente em frente à Prefeitura de Santana do Livramento, completando uma semana no comando do Governo Municipal, a prefeita Ana Tarouco concedeu entrevista ao jornal Correio do Pampa. Confira:

CPAMPA: Como vem sendo esses primeiros 7 dias de mandato? O que pode se esperar para os primeiros 100 dias?

Prefeita: Foram sete dias bastante agitados com várias demandas que se sobrepõem ao teu projeto inicial de dia de trabalho. Recebemos a cidade com muitas heranças, ainda estamos recebendo, então os primeiros dias foram de muita dedicação para que a máquina não pare. Para os 100 dias é esperar muito trabalho, comprometimento, a evolução de algumas questões que se encontram estagnadas.

CPAMPA: Está sendo planejada a continuidade de obras como pontes do São Paulo, CRAS do Armour e pontes do interior do município?

Prefeita: Sim, as pontes do São Paulo retomaram na quinta-feira, 07, foi pago o valor que estava em atraso, ainda tem um saldo a ser pago, mas infelizmente até o dia 18 não conseguimos, temos o empecilho da gestão anterior não ter encerrado o orçamento de 2020. Mas felizmente temos tangenciado essa dificuldade com muito diálogo. Na medida em que formos nos apropriando dessas retomadas elas vão acontecendo, temos muito interesse, mas temos que ver a situação das obras.

CPAMPA: E quanto as obras do PAC I e PAC II?

Prefeita: As obras do PAC I, desde o momento da transição, quando escolhi a pessoa para a parte do DAE, o comando sempre foi o PAC I que é o que está mais avançado, está no seu protocolo, temos uma previsão de que o PAC I seja finalmente concluído em 2021, estamos trabalhando junto com a diretora Izabel Alvarez para que a prioridade enquanto projeto e meta do DAE seja o PAC I. Já gastamos mais de R$17 milhões, pelo que me foi passado, então em algum momento temos que encerrar essa obra.

CPAMPA: Ao longo da semana foram realizadas diversas ações de limpeza de locais públicos, essas ações vão continuar?

Prefeita: Eu fiquei espantada com o retorno dessa questão, porque parece que estávamos fazendo algo extraordinário, quando estamos só devolvendo para o servidor e população uma condição melhor. Essa limpeza traz vários reflexos, de certa forma devolve dignidade ao servidor, não é só pela limpeza. Eu sempre fiz isso, há pelo menos 10 anos.

CPAMPA: Já foi definida a direção da Santa Casa?

Prefeita: Ficou definido que a direção fica sob o comando do Sérgio Oliveira, e a Santa Casa irá passar por um processo de enxugamento, na mesma linha do que todas as pastas estão passando, porque a realidade financeira da Santa Casa também é difícil.

CPAMPA: Como está a relação com a Câmara de Vereadores, tendo em vista que não tem uma base com maioria?

Prefeita: A relação com a Câmara é de cordialidade, de respeito, afinal eles foram escolhidos pela população, então a nossa relação tem sido até esse momento da nossa parte muito tranquila, já conversamos com vários vereadores. A questão da governabilidade, não ter a maioria, obviamente é um dificultador, mas eu tenho dito que queremos construir uma governabilidade não naquelas velhas práticas de troca, queremos construir com base em bons projetos, pelo que for bom para a cidade. A minha bandeira agora é Sant’Ana do Livramento e a cidade precisa de bons projetos, todo projeto que for bom para esta cidade vai ter do poder Executivo todo o empenho na sua realização. Esperamos que a Câmara de Vereadores seja nossa parceira.

CPAMPA: Quanto a usina de asfalto, tem algum planejamento?

Prefeita: A usina de asfalto demanda uma avaliação técnica sobre quanto vai custar a viabilização da usina, estamos tratando com a empresa que vai fazer esse levantamento técnico do quanto vai custar colocar uma usina que há quatro anos está parada, então primeiro temos que saber isso. Levando em consideração que antes do asfalto essa cidade por hora tem outras necessidades.

CPAMPA: Já estão sendo tratas políticas para aquisição da vacina da Covid-19?

Prefeita: Em relação às vacinas da Covid temos o Governo Federal, que está atuando para o fornecimento disso e a nível municipal nós temos conversado com outros prefeitos para ver como isso está sendo pensado. Localmente temos conversado com a Secretaria da Fazenda para ver se é possível viabilizarmos essa aquisição, até porque não é desconhecida a dificuldade financeira do município. Hoje enfrentamos dificuldade de toda a ordem e se formos incluir ainda mais a questão da vacina realmente é um passo grande nesse momento. Estamos trabalhando para tentar abrir algumas portas que possam facilitar essas aquisições, mas isso é um processo que infelizmente não é algo que a gente consiga fazer agora neste momento, estamos estudando, no COE foi estabelecido um grupo para tratar essa questão, mas isso é uma coisa que estamos caminhando para tentar viabilizar.

CPAMPA: Com relação ao turismo de compras, como irá lidar? Cogita como medida em algum momento voltar a proibir a entrada de excursões?

Prefeita: O fechamento das fronteiras não é algo que esteja ao alcance da prefeitura, não temos como fazer isso, então a questão do turismo vai ser tratada dentro dos protocolos, a fiscalização tem que estar muito presente, estamos tentando fazer frente, temos a questão do decreto com relação aos hotéis, pedimos o apoio porque acredito que o interesse no turismo de compras é de toda a cidade, porque o turismo de compras gera renda e os hotéis podem ser muitos parceiros até mesmo no auxilio ao cumprimento dos protocolos.

CPAMPA: Como vem sendo a relação com o intendente de Rivera e como espera que seja nos próximos anos?

Prefeita: Já tivemos algumas reuniões, estamos mantendo uma linha muito próxima de diálogo, justamente porque queremos manter isso ao longo dos quatro anos. Temos a questão da Covid, algo que nos aproxima, porque a nossa realidade enquanto fronteira seca é uma realidade muito nossa e se não discutirmos e tivermos um pensamento conjunto não saímos da situação que estamos. Os comandos não partem de Rivera, enquanto isso Sant’Ana do Livramento de certa forma legisla os seus protocolos, isso dificulta, mas acredito que se houver boa vontade numa construção conjunta as coisas acontecem.

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