Músicos falam dos desafios enfrentados durante a pandemia
Outro segmento bastante afetado pela pandemia foi o da música, diversos artistas precisaram encontrar alternativas para driblar as dificuldades enfrentadas com o cancelamento de shows.
A reportagem do Correio do Pampa conversou com o músico Wagner da Rosa, integrante do grupo musical “Tchê Véio”, composto por Wagner Tchê Véio da Rosa, Rodrigo da Rosa, Rodrigo Rodrigues, Gabriel Ferreira e Fernando Corrales, para saber como estão contornando este momento delicado para a classe artística.
CP- Como a pandemia afetou vocês com relação aos shows e no trabalho com o grupo?
Wagner “Tchê Véio” – A pandemia afetou toda a classe artística e toda a categoria de eventos em geral, desde músicos, equipe técnica, promotores de eventos e o pessoal que trabalha no entorno como venda de alimentos, estacionamentos, enfim. Nós tínhamos 66 bailes agendados entre o 15 de março e 17 de outubro de 2020, os quais foram adiados em função da pandemia. Esse foi o prejuízo do Tchê Véio por ora.
CP- Quais as alternativas adotadas para reverter a situação?
Wagner “Tchê Véio” – Essa situação não tem reversão neste momento, a não ser esperar, nos cuidar e cuidar dos nossos, que é o que sempre pedimos aos amigos, porque é uma doença malévola que vem assolando todo mundo e cada dia chega mais perto de nós. Entre a nossa equipe tivemos alguns parentes positivados, mas que com a graça de Deus estão recuperados. Perdemos muitos amigos próximos que nos acompanhavam, sentimos muito a perda de todos e nos solidarizamos com a dor das famílias. Vamos aguardar a chegada da vacina para toda população, para se Deus quiser voltarmos as nossas atividades.
CP- As lives foram uma saída compensadora para a falta de shows presenciais?
Wagner “Tchê Véio” – Conseguimos fechar alguns contratos para animação de algumas lives mais como ajuda de custo na maioria das vezes, mas nada comparado com os bailes. Aqui na região fomos um dos poucos grupos que conseguiram fechar contrato para lives, graças a interação do público que sempre compartilha o nosso trabalho. As lives foram compensadoras para expandir a nossa arte e a marca Tchê Véio para outras cidades no Estado, e em vários Estados do país e fora também, pois atingimos a marca de 300 mil visualizações e 500 mil pessoas alcançadas.
CP- Como analisa a situação da cultura na pandemia? Acha que está desvalorizada?
Wagner “Tchê Véio” – A cultura já vinha sendo desvalorizada antes da pandemia. Graças a Deus nascemos neste torrão gaúcho e nossa cultura segue firme e forte. No nosso caso faltou um olhar mais pontual dos governantes principalmente para o segmento de eventos, mas a cultura já vinha sofrendo com a falta de incentivo acentuando na pandemia. Por outro lado, a cultura e as lives foram um dos remédios que ajudaram a amenizar os efeitos psicológicos enfrentados com a pandemia.
CP- Qual a expectativa daqui pra frente?
Wagner “Tchê Véio” – A expectativa é que isso tudo passe, que cesse a perda de pessoas por este vírus e que a gente volte a se reencontrar, que possamos daqui a alguns anos olhar pra trás e saber ao certo o aprendizado que essa pandemia trouxe. Quando tudo isso passar, que possamos levar para outros rincões o nosso trabalho. Durante esse tempo nunca paramos, já são 6 lives oficiais na nossa página, 2 clipes, um EP entre outros trabalhos. Que possamos encontrar os amigos que fizemos a distância e continuar nosso trabalho.
Deixe um comentário
Warning: array_merge(): Expected parameter 1 to be an array, int given in /home/correiodopampa/www/wp-content/plugins/paid-memberships-pro/includes/content.php on line 266