Levantamento aponta possível contaminação da água por substância cancerígena

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Nesta semana repercutiu nas redes sociais, uma pesquisa realizada pelo jornal Repórter Brasil, a qual aponta que 493 cidades estariam com substâncias cancerígenas em seu tratamento de água, uma dessas cidades seria Sant’Ana do Livramento, onde foi detectada a substância Radio-228 na água, no período entre 2018 e 2020 quando a pesquisa foi realizada.

Segundo a pesquisa existem dois tipos de substâncias: as com os maiores riscos de gerar doenças crônicas, como câncer, que são as que têm maior evidência de risco à saúde, que desencadeiam problemas hormonais ou causadoras de mutação genética. E as substâncias que geram riscos à saúde que reúnem todas as outras que também oferecem risco, segundo o Ministério da Saúde, entre elas estão as possivelmente cancerígenas, além das que podem causar doenças renais, cardíacas, respiratórias e alteração no sistema nervoso central e periférico.

 

A pesquisa aponta que foi encontrado na água de Sant’Ana do Livramento detecções de uma substância acima do limite de segurança, que seria identificada como “Rádio-228”, que é classificado como cancerígeno para o ser humano pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), órgão da Organização Mundial da Saúde. O Rádio é utilizado como fonte de radiação para o tratamento do câncer, em radiografias de metais e combinada com outros metais como fonte de nêutrons para pesquisa e calibração de instrumentos de radiação.

Os riscos são maiores para quem bebe a água imprópria de forma contínua, ou seja, diversas vezes ao longo de meses ou anos. Os testes foram feitos pelas empresas ou órgãos de abastecimento e enviados ao Siságua (Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano), banco de dados do Ministério da Saúde que reúne informações de todo o país.

 

Posição do DAE

A reportagem do Correio do Pampa conversou com a diretora do DAE, Izabel Alvarez, que relatou estar aguardando o retorno da Engenheira Química Alexandra de Menezes Bravo, a qual encontra-se em licença até o final de março, para que seja divulgado um parecer sobre o caso.

 

Ex-diretor da Autarquia diz que contaminação da água não procede

O ex-diretor do DAE, Sigmar Martins Gomes, explicou como é realizada a captação de água no Município e se seria possível ou não Livramento estar com a água contaminada. Segundo ele a princípio não procede a informação de que a cidade tenha a água contaminada com a substância Rádio-228.

“Livramento faz a captação de água por lençol freático e a maior parte da água é captada através do lençol do Aquífero Guarani, então a água  não precisa de todos os componentes químicos que são exigidos pela Anvisa, mas mesmo assim ainda é solicitado que ela seja clorificada e que também seja usado o flúor, por causa das tubulações, mesmo ela sendo uma água muito boa por ser coletada e captada do aquífero”, explicou.

Sigmar Martins disse ainda que a água de Livramento não é captada de rio, de barragem e nem de açudes, mas sim do Aquífero, por isso não procede a informação de que a cidade esteja incluída nesses Municípios.

“Nós só usamos o flúor e o cloro, então se esses dois produtos forem cancerígenos neste momento, eu acreditaria que a nossa água também estivesse contaminada, mas estariam contaminados todos os Municípios do Brasil não só Sant’Ana do Livramento e mais outros 490 Municípios”, finalizou.

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