Glauber Fernandes assume a direção da penitenciária local

Dentre os desafios do novo diretor está a ressocialização dos apenados
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A Penitenciária Estadual de Sant’Ana do Livramento conta há poucos dias com um novo diretor, Glauber Fernandes, o qual já ocupou o cargo e agora retorna para dar seguimento ao trabalho no local. A reportagem do Correio do Pampa conversou com o novo diretor a fim de conhecer sobre a rotina e os desafios enfrentados na penitenciária local.

CP- Como é retornar para a direção do presídio?

Glauber- “Retorno com muita satisfação, já havia trabalhado dois anos à frente da Penitenciária, saindo por motivos pessoais, e hoje retorno com muita satisfação porque isso significa que o trabalho foi bem feito. Estou muito feliz em poder voltar e ajudar a Penitenciária de nossa cidade”.

CP- Como pretende desenvolver o trabalho?

Glauber- “Junto da minha equipe pretendo fazer um trabalho digno, tentar mostrar um pouco o outro lado para as pessoas que chegam para cumprir a pena, pois eles não conhecem o outro lado. Da outra vez que estive à frente da instituição consegui desenvolver vários cursos técnicos em parceria com a Universidade do Paraná, então novamente quero mostrar este caminho para que saiam melhor do que entraram. Nosso trabalho também é manter a disciplina, com dignidade e sem abusos”.

CP- Quantos apenados tem hoje no presídio?

Glauber- “Hoje a Penitenciária Estadual de Livramento conta com 236 presos”.

CP- Quantos agentes trabalham no local? Contam com o apoio de mais alguma força de segurança lá dentro?

Glauber- “Nosso quadro de servidores conta com 42 profissionais que cumprem escalas de plantões e administrativas, sendo que o administrativo trabalha de segunda a sexta-feira e os plantões com escalas mensais a fim de dividir a equipe. Na penitenciária trabalhamos com a Brigada Militar que nos dá suporte externo, mas dentro do local contamos apenas com os agentes penitenciários que estão nos plantões”.

CP- Existem apenados que trabalham no local? Quais as regras para isso?

Glauber- “Existem apenados que trabalham lá dentro, bem como existem apenados que estão em regime semi aberto ou aberto que saem para trabalhar durante o dia, retornando às 18h. Dos que saem para trabalhar, 13 deles trabalham na Prefeitura Municipal através de convênio, outros possuem carta de emprego em determinados locais. Os que permanecem dentro da penitenciária realizam trabalhos de manutenção, de limpeza das galerias, cuidam da cozinha, entre outros. Estes a cada três dias trabalhados ganham um dia de remissão.”.

CP- Quais os maiores desafios ao assumir o comando da penitenciária?

Glauber- “O maior desafio é a ressocialização do apenado, pois eles entram por terem cometido algum delito e temos que mostrar que não existe apenas aquele caminho, que existe um outro lado da vida. Fazendo isso, com certeza quando ele sair novamente para a sociedade vai estar um pouco melhor para não voltar a cometer delitos. Nosso desafio é fazê-lo retornar para a sociedade melhor do que entrou”.

CP- Como é a rotina no local?

Glauber- “Eles têm regras a cumprir, tem horário de pátio, tem horário para faxinas, os apenados que cozinham saem antes do horário para preparar os alimentos, tem que manter a disciplina e a ordem dentro do presídio. Essa é a função da nossa equipe, manter ordem para não criar problemas para os apenados e nem para os agentes”.

 

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