Escolas Estaduais retornam às aulas presenciais após decreto do Governo do Estado
Após o Governo do Estado pulicar decreto obrigando as escolas estaduais a retornarem às aulas presenciais, a partir do dia 08 de novembro, os educandários, professores, pais e estudantes organizaram-se para o retorno daqueles alunos que permaneciam no sistema online, tendo a partir de agora, que se se adaptar à rotina.
De acordo com a Coordenadora Regional de Educação, Ana Alice Campagnaro, todas as escolas da regional que abrange os municípios de Sant’Ana do Livramento, São Gabriel, Santa Margarida do Sul, Rosário do Sul e Quaraí, estão organizadas para o reestabelecimento do ensino presencial obrigatório.
Segundo ela a preocupação é que, dos 22 mil alunos da regional, aproximadamente 550 alunos que residem na zona rural de Livramento, ainda não possuem o transporte escolar para garantir seu acesso às escolas.
“Existe um convênio entre o Município e o Estado para essa prestação de serviços, o PEATE (Programa Estadual de Apoio ao Transporte Escolar), sendo que a legislação pertinente prevê o repasse financeiro das verbas específicas para o transporte escolar diretamente ao Município, o qual está sendo cumprido em sua integralidade pelo Estado. Porém até a presente a data, o Município ainda não cumpriu com o mesmo, sendo que cabe a ele, toda parte administrativa de contratação e disponibilização do serviço”, comentou.
Ela explica que este convênio tem como objetivo a otimização dos recursos públicos, a fim de utilizar os mesmos veículos para transportar alunos das duas redes, estadual e municipal, uso compartilhado de linhas, evitando assim o desperdício de dinheiro público e a melhor aplicabilidade de investimentos na educação. Além disto, tratando da parte técnica e administrativa, o Município possui autonomia de gerenciar esta parte administrativa e tem total acesso para verificar os alunos da rede estadual que necessitam do transporte, através do sistema de gestão de transporte escolar do estado.
“É importante destacar que o Município também possui 6 veículos cedidos pelo Governo do Estado para uso comum das redes, os quais até o momento não foram disponibilizados. Esta situação já é de conhecimento da Procuradoria Geral do Estado, bem como do Ministério Público e do Tribunal de Contas do Estado. Embora estes alunos, conforme autorizado pela Secretaria Estadual de Educação, mantenham o ensino remoto, lamentamos, pois infelizmente quem está sendo prejudicado pelo não retorno presencial são nossos alunos”, frisou.
Ela relata que as famílias dos alunos já foram informadas desta situação, porém, reivindicam o transporte, pois é de direito que seus filhos retornem à presencialidade. Apesar destes entraves, a coordenadora contou que o retorno das aulas está fluindo bem, apensar de algumas turmas necessitam de revezamento para manter os protocolos e cuidados do distanciamento da pandemia.
O trabalho das escolas no retorno obrigatório
A reportagem do Correio do Pampa conversou com a diretora da E. M.E.F. Assentamento Roseli Nunes, Carla Scott e a diretora da Escola Estadual de Ensino Médio Cyrino Luiz de Azevedo, Luiza Helena Torres, as quais contaram sobre o retorno às aulas presenciais obrigatórias e como as escolas estão trabalhando.
A diretora Luiza Helena, da Escola Cyrino, relata que o retorno das aulas está sendo bem tranquilo, gradativamente todos estão voltando principalmente os turnos da manhã e tarde, porém o turno da noite é que está sendo mais resistente, mas ela acredita que estão caminhando bem, já que estavam com 70% dos alunos nas aulas presenciais.
Segundo ela, nos primeiros dias de aula os alunos pareciam distantes, deslocados e temerosos, mas aos poucos foram se adaptando. Os professores são muito receptivos e contribuíram significativamente para esse retorno, hoje em dia o clima e o ritmo de trabalho são muito bons.
“Os estudantes respeitam os protocolos e constantemente estamos alertando que a pandemia não terminou e todos os cuidados são necessários, temos muitos produtos de higienização e máscaras para os alunos” frisou.
Já a diretora Carla Scott, da Escola Roseli Nunes, conta que o retorno das aulas presenciais está sendo bem tranquilo, pois estavam com um número bem reduzido de alunos totalmente à distância. A escola está segundo trimestre, atendendo os estudantes, durante o primeiro trimestre, três vezes na semana, levando polígrafos em suas casas e alguns eram agendados para ir à escola e receber explicações, de acordo com a escolha e termo de compromisso assinado pelos responsáveis.
“No segundo trimestre passamos a receber a maioria de nossos alunos na escola, no início ficávamos 3 horas com eles e, há aproximadamente 2 meses, passamos a permanecer por 4 horas com os alunos, os quais recebem café da manhã e almoço”, explicou.
Segundo a diretora, ao longo dos dias perceberam mudanças notáveis de comportamento, quando os alunos tiveram os primeiros contatos com os professores. Eles estavam pouco comunicativos e introspectivos, porém com o passar dos dias e com o desenvolvimento de atividades lúdicas, projetos significativos e o retorno do Projeto Escola Viva, foram se soltando mais. Com relação à aplicação dos protocolos de saúde, a escola obteve êxito, pois tiveram todo o período de pandemia para adaptação.
“Costumo comentar com as colegas que as crianças nos surpreenderam, pois são muito cuidadosas e regradas quanto as medidas de segurança, utilizam frequentemente o álcool, utilizam a máscara corretamente e a higienização das mãos é frequente. Nosso refeitório foi todo organizado para manter o distanciamento durante as refeições, nas salas de aula a distância permitida pelo COE é respeitada, digamos que percebo uma adaptação mais tranquila nos menores, os grandes pedem pela vida de antes, reclamam um pouquinho, mas respeitam as regras”, destacou.
Ela explica que a escola atende 45 alunos, que vai do pré-escolar ao nono ano e que talvez, por terem um número menor de alunos, estejam conseguindo manter a frequência de atendimento para todos durante todos os dias, já que contam com três funcionários na escola, duas responsáveis pela cozinha e refeitório, além de uma responsável pela higienização da escola, sendo sempre dispensada uma atenção maior com a higiene dos banheiros. Nas salas de aula, além da limpeza comum, as classes e cadeiras são higienizadas com álcool todos os dias. Sobre o transporte escolar, Carla Scott destacou que lhes foi disponibilizado transporte desde o dia 19 de abril, quando tiveram o início do ano letivo para a educação do campo.
“Nosso transporte é higienizado todos os dias, possui borrifadores de álcool distribuídos ao longo do ônibus e as crianças já ao subir utilizam os mesmos, os bancos e pisos do ônibus, que são desinfetados diariamente” finalizou.
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