Elenara Alves e Leandro Bottino contam suas histórias, explicando a importância de não desistir frente aos obstáculos da vida
Dando prosseguimento a série de reportagens sobre histórias de superação, nesta semana a reportagem do Correio do Pampa conversou com Elenera Alves, que é cadeirante e dança no grupo Giro Livre da Assandef. Outro entrevistado foi Leandro Bottino, que aos 28 anos enfrentou um tratamento de câncer e nesta semana, teve a sua última quimioterapia.
Elenara Alves
A jovem tem a síndrome de Guillain-Barré, desde os seus 6 anos de idade, e no começo enfrentou muitas dificuldades, por ser criança e ter que se adaptar, tendo que ver as outras crianças correr e não poder correr junto com elas.
“Apesar de tudo fui me adaptando conforme as minhas condições, hoje em dia me viro super bem sozinha” destacou.
Ela explicou que conheceu o grupo de dança Giro Livre através da Assandef, quando foi convidada para participar da formação do grupo que estava iniciando, início em 2004.
“Minha vida mudou para melhor, me ajudou a superar medos e a superar a minha deficiência, porque através da dança vi que sou capaz de ir além dos meus limites”, pontuou.
Segundo ela, a dança é super importante em sua vida, porque ajuda na sua locomoção, e na sua qualidade de vida, além dos aprendizados que adquiriu todos esses anos de Giro Livre.
Leandro Bottino
Leandro destacou que não foi nada fácil para ele receber a notícia que estava com câncer, pois a pessoa nunca espera algo assim, já que é um jovem de 28 anos com 2 filhos pequenos e uma vida inteira pela frente.
“Não vou mentir que pensei no pior, quando recebemos a notícia abalou toda a nossa estrutura, mas a família foi muito importante nessa trajetória, pois foi minha base e quem mais me deu forças para lutar contra o câncer” explicou.
Segundo ele, passar por um tratamento de quimioterapia não é nada fácil, porque os efeitos colaterais são muito violentos e não é fácil enfrentar um pós químio, já que tinha dias que não conseguia sair da cama, mas sempre teve vontade de vencer e não se permitia se abater, além disto tinha que ser forte perante sua família e seus filhos.
Ele relembra que o sentimento que teve ao realizar a última quimioterapia, foi um sentimento de dever cumprido, de quem lutou e venceu, sentimento de alegria misturado com um certo alívio, por não ter que passar mais pelo procedimento que não é nada fácil.
Leandro contou que o aprendizado sempre fica, e faz com que a pessoa aprenda a dar mais valor à família, mais valor as pequenas coisas, a vida é um sopro, hoje estamos aqui, mas amanhã não sabemos.
“Meu recado para quem está enfrentando essa situação (câncer), é nunca deixar de acreditar em Deus e que ele é o dono da nossa vida, temos que ter fé sempre e não devemos jamais baixar a cabeça e muito menos os braços. Devemos lutar sempre e ter a certeza da vitória assim como eu tive, eu sei que não é fácil enfrentar essa luta contra a doença, mas temos que ser corajosos e lutar até o fim, até sermos curados e que a vontade de Deus seja feita em nossa vida sempre, não esqueçam que Deus é fiel” destacou.
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