Eleito com 605 votos, Jovani Romarinho deseja buscar mais oportunidades para os jovens

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Aos 30 anos, Jovani dos Santos da Silva, ou Jovani Romarinho, foi eleito vereador com 605 votos pelo partido Republicanos. Jovani é formado em gestão pública pela Unipampa e tem três irmãos, Bruno, Luana e Mariana.

O jovem, que diz ser “cria do Prado”, já viveu na Vila Soares e na Vila Real, porém, após o trágico assassinato de sua mãe, passou a morar com outros familiares e amigos, pois não conseguia retornar para casa. “Eu não tinha estrutura, mas um ditado que eu tenho é que a caneta é mais leve que a pá. Eu sempre quis estudar e os professores foram muito importantes para mim”, contou Jovani.

Ele trabalhou nos Supermercados Righi, e em Vacaria, onde colheu maçã, plantou alho e estudou. Após retornar e servir por três anos no 7º RC Mec, o vereador eleito comprou uma casa, onde morou com seus irmãos.

Jovani tem uma relação forte com o esporte, e jogou em escolinhas de futebol durante toda a sua infância. “O esporte salvou a minha vida”, afirma.

O gestor público havia passado para estudar engenharia civil em Caxias do Sul, porém acabou retornando para Sant’Ana do Livramento, onde trabalhou com um amigo buscando aprender e ter o seu próprio negócio. “Durante um ano aconteceu um amadurecimento político. Eu fui convidado para ser vereador e em uma conversa com amigos decidi que precisava estudar antes, então fiz o ENEM, e escolhi gestão pública com a ideia de desenvolver dentro da Unipampa um pensamento crítico, técnico e político, e foi o que aconteceu. Entrei em gestão com esse objetivo e acabei me apaixonando pela profissão de gestor público”, explicou Jovani.

Formado, Jovani disse ter se candidatado por acreditar na sua competência de legislador, articulador de projetos, ter muitas ideias e desejar dar voz para a juventude. “Hoje o que prevalece é a gestão pública e o esporte, eu acredito que posso fazer a diferença contando a minha história e viabilizando que outras crianças possam ter mais oportunidades do que eu tive, que os bairros possam ser mais atendidos pelo poder público, que a gente possa articular quadras poliesportivas e palestras que possam encaminhar essas crianças para um futuro melhor”, ressaltou.

Quanto ao município de Sant’Ana do Livramento, o vereador eleito acredita que é necessário avaliar por diversos fatores. “Desde que comecei a votar o discurso é o mesmo, ‘viúvas do Armour’, Livramento foi uma das maiores potências econômicas do Rio Grande do Sul e do país, só que isso ficou no passado, não que a história deve ser apagada, só que é fácil de comover as pessoas nesse sentido, tentando iludir de que hoje seria possível em uma gestão apenas conduzir a reabertura do Swift Armour, de voltar a ser a economia que era. Vivemos em uma região carente economicamente, ao mesmo tempo que o campo é rico, a cidade sofre. Santanenses da área urbana vão para a serra para tentar a vida, mas não saem daqui para enriquecer, saem daqui para sobreviver, são essas pequenas condições econômicas que fazem com que eu tenha uma visão da parte triste do município. A visão que eu tenho é de como vamos fazer com que isso volte a acontecer aqui, perguntas que eu me fazia enquanto cidadão eu me faço agora enquanto agente político”, disse.

Assim, um dos objetivos é também fazer com que os jovens permaneçam no município, pois muitos jovens saem de Livramento e são destaques em outras cidades. “Acredito que o município possa crescer muito, ter muito desenvolvimento, mas para isso precisa ser criada uma discussão política. O nosso gabinete quer fazer um trabalho onde o poder público está mais dentro da comunidade”, afirmou.

Jovani Romarinho se considera um social democrata, por acreditar em alguns pontos da direita e da esquerda, e destaca entender a polarização como algo feito para que os velhos políticos se perpetuem no poder.

Sobre a situação do Brasil, Jovani diz ser necessário analisar desde 2013, e o descrédito que se deu em relação aos políticos. Ele contou ter votado no segundo turno da última eleição no atual presidente, Jair Bolsonaro, e gostar de alguns pontos, considerando este um governo razoável. “Contudo eu não gosto da conduta, de como ele se expressa, a forma como ele trata a pandemia e a relação com os filhos que são políticos, é uma questão que eu não julgo certo”, ponderou.

Entre as bandeiras que defende estão a juventude, a luta contra o preconceito, o esporte, o meio ambiente, a assistencialista, o empreendedorismo e um projeto da farmácia solidária, sendo que foi convidado para ser embaixador do mesmo na Fronteira Oeste, entre muitas outras bandeiras.

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