Educadores falam sobre a importância do Dia do Professor
Em comemoração ao Dia do Professor, celebrado no dia 15 de outubro, a reportagem do Correio do Pampa conversou com a estudante de Magistério, Aliciana Rodrigues e a professora aposentada Rita Moraes, as quais contaram um pouco sobre as vantagens e desvantagens de suas profissões.
Aliciana relata que começou a se interessar pela profissão desde pequena, quando brincava de ser professora, porém em 2018 surgiu a oportunidade de cursar Magistério. Ela conta que no início, levou muito na “brincadeira”, mas ao decorrer dos 4 anos do curso, acabou se apaixonando por essa profissão e hoje em dia não se imagina atuando em outra área que não envolva a educação. Para ela ser professora sempre foi uma profissão de grande importância na sociedade.
“Somos nós quem ensinamos os médicos, engenheiros, jogadores de futebol, eletricistas, e demais profissionais a ler, escrever e assim, mais para a frente, se tornar um cidadão que irá escolher qual profissão irá seguir” comenta Aliciana.
Segundo ela nos tempos de hoje, com a pandemia, os professores tiveram que se reinventar, e ela como uma jovem não teve grandes problemas com a tecnologia, mas essa não foi a realidade de muitos professores, já que tiveram que aprender e se adaptar a outras maneiras de ensinar os alunos, sem contar que nesse momento, houve uma maior valorização dessa profissão que vai além de um quadro, giz, provas e atividades.
Em relação a melhor parte da sua profissão ela fala que com certeza é o carinho dos alunos e poder perceber que tudo o que está sendo ensinado está tendo retorno.
“Saber que apesar de todas as dificuldades, tu vai entrar dentro da sala de aula e vai ter retorno dos teus alunos através de várias maneiras (sendo um exemplo para eles quererem seguir a profissão, recebendo um abraço, uma flor, um desenho, uma carta) tudo isso é algo que nos motiva muito a continuar indo a luta pela educação” comenta Aliciana.
Porém a parte que menos gosta de sua profissão é a desvalorização, já que ser professor não é apenas ir para a frente de uma sala de aula, pegar um giz, um caderno, passar atividades e aplicar provas. Para ela ser professor é amar o que se faz, é passar finais de semanas inteiros planejando aulas, corrigindo atividades, pensando o que pode levar de diferente para os alunos aprenderem e infelizmente ter que ouvir muitas vezes que são acomodados, que reclamamos de barriga cheia, afinal possuem “duas férias por ano”.
A professora Rita Moraes relata que iniciou na profissão aos 22 anos de idade, em 1988, onde trabalhava na zona rural de Sant’Ana do Livramento, em uma classe multisseriada, ou seja, uma turma com várias séries juntas, com trabalhos individualizados.
Para ela o momento que mais lhe marca em sua profissão é quando ela vê os seus alunos bem-sucedidos, trabalhando honestamente, já que são alunos que você ajudou a educar.
“A melhor parte de ser professora é sentir o carinho das crianças e saber que alguns só tem atenção e o incentivo do professor para melhorar a sua vida, além de ter o afeto dos alunos e a socialização com os colegas de trabalho” comenta Rita.
Segundo ela ser professor é a mais importante de todas as profissões, já que todas as profissões passam pela presença do profissional de educação, despertando o espelho crítico para não serem pessoas alienadas e sim conscientes do seu valor como ser humano. Porém para ela, a pior parte de ser professor é a desvalorização por parte do sistema (governo, comunidade, país) baixos salários e stress da profissão.
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