Eda Serpa fala sobre sua história em “Minha Colcha de Retalhos”
A santanense Eda Serpa lançou no último mês o seu primeiro livro, “Minha Colcha de Retalhos”, em que conta sua história junto de fotos e recordações. Com a pandemia, não houve um evento oficial de lançamento, contudo o livro já está sendo vendido, por uma boa causa: o valor arrecadado com as vendas será destinado ao Lar da Infância Daniel Albornoz.
Após cerca de quatro anos desenvolvendo o seu livro, Eda contou que diversas vezes pausou a produção pelas dificuldades enfrentadas por ser uma escritora amadora, mas no fim de 2020 decidiu finalizá-lo e publicá-lo. “Quando recebi o livro fiquei numa satisfação muito grande porque vi nesse livro o meu esforço coroado, tive pessoas que me ajudaram, que me apoiaram, minha família principalmente, assim como os meus amigos”, afirmou.
Segunda filha entre 11 irmãos, a santanense afirmou ter muita história para contar, pois já realizou diversas atividades, é professora aposentada, foi a primeira mulher presidente do Clube Comercial, mas o seu principal interesse sempre foi pela moda, sendo que após a aposentadoria, ela se dedicou à alta costura. “Eu idealizei esse projeto que deve ter quase meio século, de contar a minha vida. É minha colcha de retalhos, porque eu acredito que a nossa vida é cheia de retalhos, que juntamos e que vão se apresentando para cada um de nós. Procuramos guardar sempre os bons e o que não é agradável, devemos jogar no lixo”, disse.
Ela, que se considera uma pessoa muito individualista e independente, já foi casada por quase 30 anos, teve outro relacionamento e acredita que para ter uma vida feliz, é necessário aproveitar. “Agora eu estou só, moro só, desempenho todas as minhas atividades em casa, faço o meu almoço, gosto de convidar uma amiga que mora aqui para compartilhar o almoço de domingo, e eu sou feliz. A longevidade é uma experiência muito boa, deixa muitas verdades”, destacou.
Como de costume para Eda Serpa, que ao invés de aceitar presentes em seu aniversário sempre pedia para que as pessoas doassem para instituições necessitadas, com o seu livro ela está buscando o apoio das pessoas para arrecadar doações para o Lar da Infância. “Eu sou mulher de fé, mulher de bem, toda esta minha trajetória de vida foi pensando em ajudar pessoas que precisam, como essa empreitada de agora, que estou fazendo essa campanha para auxiliar o Lar. […] Estou empenhada nisso e graças a Deus estou tendo muito apoio, tanto é que eu digo: a minha colcha de retalhos tornou-se uma celebridade diante do apoio, e eu só posso ser agradecida pelo sucesso do livro e pelo acolhimento do Lar”, destacou a santanense.
Eda gosta muito de se reunir com amigos, mas ainda não pode lançar o livro ou receber visitas, pois está em quarentena desde o início da pandemia. Ela ressaltou que mesmo tendo sido vacinada, segue à risca os protocolos e recomendações para cuidados. Serpa entende que a pandemia separou as pessoas, mas deu também um modo de vida diferente, a necessidade de se recriar e disse ainda se sentir penalizada pelas pessoas serem contra a vacina e fazerem festas. Enquanto eventos e visitas não são realizados, a venda do livro está acontecendo a distância: Eda entra em contato com amigos oferecendo o livro, vende, prepara e deixa na portaria do edifício onde mora e os porteiros entregam e recebem o valor. O “Minha Colcha de Retalhos” custa R$50, valor integralmente repassado ao Lar da Infância. Interessados em comprar podem entrar em contato diretamente com Eda Serpa através do telefone: 3242-1612.
Reflexão
Ao finalizar a entrevista, Eda Serpa, pensando em todas as atividades desempenhadas por mulheres ao longo dos anos, disse que questiona o motivo para as ruas do município receberem o nome de homens, enquanto há poucas homenagens para as mulheres, que deveriam ser mais valorizadas.
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