Dia da Advocacia: Jovens contam sobre a carreira e porque escolheram a área do Direito como profissão
No dia 11 de agosto, foi comemorado o Dia da Advocacia, fixado nesta data por um motivo muito significativo, pois neste mesmo dia, no ano de 1824, foi promulgada a primeira Constituição Federal do Brasil. Neste período, conta a história, que Dom Pedro I, imperador da época, implantou o primeiro curso de direito no país. Foi, então, em 1827 que duas faculdades de Direito foram inauguradas: Faculdade de Direito do Largo de São Francisco (SP) e Faculdade de Direito de Olinda (PE). Para homenagear os profissionais da área, a reportagem do Correio do Pampa conversou com os jovens advogados Manuela Sanches e João Gabriel Cordeiro Monteiro, os quais contaram sobre carreira e o desempenho da profissão.
Manuela Sanches
Manuela é advogada há 10 anos, e conta que escolheu, inicialmente o direito por se identificar com a área jurídica.
“Sempre abominei injustiças e queria exercer uma profissão que, além de me realizar profissionalmente, também possuísse uma função social. Logo no início da faculdade, me interessei por carreiras no serviço público pensando especialmente em estabilidade financeira, contudo, após ter a oportunidade de realizar alguns estágios, observei que a advocacia era realmente a minha vocação. Não me imagino hoje trabalhando em nenhuma outra profissão, que não seja a de advogada”, destacou.
A jovem advogada Manuela Sanches é especialista em direito previdenciário, diretora da ABA- Associação Brasileira de Advogados e presidente da Comissão Especial de Seguridade Social da OAB de Sant’Ana do Livramento. Sobre a missão de advogar, ela diz que “advogar é uma profissão difícil, desafiadora e que requer coragem. Já dizia Sobral Pinto que “a advocacia não é profissão para covardes”. E, realmente não é. Advogar é lutar diariamente na defesa dos direitos de alguém que, muitas vezes, não possui mais nada, além da esperança. É enfrentar más estruturas do próprio Poder Judiciário e, ainda assim, acreditar que dias melhores virão. Advogar é poder interferir e fazer a diferença na vida das pessoas, contribuindo como um agente de transformação social. Advogar é crescer pessoalmente todos os dias”, finalizou.
João Gabriel Cordeiro Monteiro
João Gabriel contou que talvez não saiba dizer o porquê escolheu a advocacia como profissão, pois desde pequeno já tinha um grande fascínio pelo mundo jurídico, lembrando que aos 12 anos já comentava com os pais que o direito seria a faculdade que iria cursar, a partir daí, as coisas foram fluindo de uma maneira natural.
“Nunca tive dúvidas que o ramo jurídico era meu objetivo, mas foi durante o curso na Unipampa, que a advocacia começou a atrair ainda mais minha atenção. Foi durante o curso e a árdua preparação para prova da OAB que percebi o papel fundamental que o advogado tem na sociedade brasileira, e com o passar dos semestres comecei a me identificar cada vez mais com a carreira e quando me dei conta, já estava planejando um escritório, escolhendo sala, confeccionando cartões. A minha escolha da advocacia como profissão foi algo tão natural, que só percebi quando estava totalmente imerso nela”, explanou.
Sobre o que significa ser advogado, o jovem conta que vê o advogado como uma figura fundamental na sociedade brasileira. “Muitas vezes as pessoas generalizam a profissão e acabam por associar a função do advogado como algo ruim, quando na verdade a advocacia é o primeiro contato que a sociedade tem quando se depara com um problema que não pode resolver, e sem ela, não consigo imaginar que rumo iriamos tomar. Ou seja, o advogado nada mais é do que o responsável por buscar que todos os direitos sejam respeitados nesses conflitos, seja no mundo jurídico, seja no próprio mundo social. Ser advogado, para mim é saber que sempre terá alguém que com conhecimento e humanidade vai ser o responsável por defender o direito de cada um, independe de classe, etnia ou gênero”, frisou.
João Gabriel, que recentemente recebeu da presidência da OAB Subseção Sant’Ana do Livramento a carteira profissional, acha até um pouco engraçado falar sobre a profissão, já que não possui nem um mês de advocacia.
“Para mim, tudo ainda é muito novo, a gente aprende muito na faculdade, aprende mais ainda nos estágios, mas na nossa vez tudo parece um pouco mais complicado. Apesar de ter passado na prova da OAB há alguns meses, ainda me lembro como se fosse ontem das noites mal dormidas, da ansiedade pré prova e do medo dos resultados, mas também me lembro da certeza que eu tinha em todo momento que uma hora ia conseguir, pois não me via em outro ramo e minha escolha na segunda fase, direito tributário, era definitivamente o que eu queria trabalhar dali em diante. Me sinto um pouco assustado ainda, é um mundo novo e a cada passo acabo descobrindo um caminho que nunca tinha passado antes, mas mesmo assim me sinto confiante e tenho certeza que com as pessoas certas me guiando o sucesso, nada mais será do que uma consequência”, concluiu.
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