Denúncia sobre leitos da Santa Casa leva vereadores a verificar situação

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Nesta semana, a Câmara de Vereadores, através do gabinete do vereador Enrique Civeira, recebeu uma denúncia anônima, afirmando que os leitos da Santa Casa de Misericórdia, disponibilizados como UTI Covid-19, estavam sendo utilizados como depósito de materiais.

Imediatamente alguns vereadores e o presidente da Comissão de Saúde do Legislativo, Lídio Mendes, foram até a instituição a fim de averiguar as informações recebidas, confirmando o teor da denúncia.

De acordo com o vereador Dagberto Reis, foi constatado que os 21 leitos que, antes abrigavam a Ala Covid do hospital, estavam sendo utilizados como depósito, inclusive para guardar as máquinas de hemodiálise.

“Considero que o depósito pode ser encontrado em outro local, e não nos leitos, porque diariamente somos demandados com pedidos de leitos na Santa Casa. Se tem 21 leitos tem mais é que os colocar à disposição da comunidade. O hospital alega que tem mais de 100 leitos para a comunidade, porém, pelo que consta nos boletins publicados diariamente, a média de internações varia entre 60 e 70 pessoas. O SUS remunera pelo número de atendimentos, então quanto mais atender mais recurso receberá, por conta disso, estes 21 leitos devem ser colocados em funcionamento. O município vem investindo, desde 2015, R$100 mil mensais e isso já deveria ser triplicado. Governar é ter prioridades e parece que a saúde não é prioridade deste atual Governo”, declarou.

O vereador Enrique Civeira, que recebeu a denúncia em seu gabinete disse que, diariamente recebe reclamações de que o hospital não possui leitos para internação, utilizando da melhor estrutura de leitos como depósito.

“Não adianta vim dizer que, desde 2010, este é o melhor número de leitos SUS porque isso é mentira, já que pelos boletins emitidos nunca tem mais do que 70 leitos ocupados. Já realizamos um abaixo assinado virtual para que estes leitos sejam colocados imediatamente para a população. No meu entendimento, a atual administração quer diminuir o hospital e acabar com o SUS. Na gestão passada chegamos a colocar 96% de atendimento SUS, são prioridades”, finalizou.

 

CRÉDITOS: FRANCISCO DOS ANJOS/ SENTINELA 24H

 

“Não estamos suprimindo leitos”

Para Leda Marisa, diretora da Santa Casa de Misericórdia, no início da semana os vereadores estiveram no hospital visitando a área que era utilizada como UTI Covid, constatando que aquele local está parcialmente ocupado com os equipamentos.

“Não estamos suprimindo leitos de internação do SUS, pois desde 2010, o período em que mais temos leitos disponíveis para o SUS é este de 2022, então, aquela área em tese ociosa, não tirou espaço para internações. Nosso compromisso formal com o SUS é disponibilizar 60% de leitos para o SUS, porém atualmente disponibilizamos de 86% de nossa capacidade instalada com uma média de ocupação de 95%”, frisou.

Quanto a área, Leda Marisa informou que os equipamentos armazenados se referem à hemodiálise, da unidade de triagem auditiva, mesas ginecológicas, poltronas, ar condicionados e mobiliário, os quais estão sendo patrimoniados para serem utilizados nas determinadas unidades.

“Temos intenção de colocarmos a área em atuação, porém, com os altos custos de manutenção do hospital e as pendências com o piso salarial da enfermagem, não é prudente aumentarmos despesas e não conseguirmos cumprir”, finalizou.

 

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